Sonhar não custa nada (?)

Em cartaz no Sesc Pompéia até o dia 02 de abril, a peça Banco dos Sonhos, direção de Kiko Marques com a Velha Companhia, nos leva novamente, ainda que agora de maneira mais leve, em uma jornada entre passado e presente, real e ficção, concreto e simbólico. Diferentemente do espetáculo anterior da companhia, o épico de drama e suspense Casa Submersa, de 2019, em que, apesar das alegorias políticas, idas e vindas temporais e sequências oníricas, mantinha sua história em uma estrutura convencional, em Banco dos Sonhos temos uma narrativa não-linear e poética, que não se prende, portanto, a fluxos específicos de tempo e a uma continuidade precisa - e faz parte da diversão completar essas lacunas. Antes de continuar, a trama. Uma conhecida atriz é recebida por uma visita inesperada: uma funcionária de um banco, que lhe diz que ela está morrendo e em dívida com a instituição que representa, o Banco dos Sonhos. A partir disso, adentramos a cabeça dessa mulher em seus últimos dias,...