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Mostrando postagens de setembro, 2023

Indiana Jones e a Relíquia do Destino

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O elo perdido Pra mim, Indiana Jones é sagrado.  Oi? Sim, é isso mesmo que você entendeu.  Assistir aos filmes dirigidos por Steven Spielberg e produzidos por George Lucas são verdadeiras experiências. Está tudo lá: ação, aventura e romance; comédia, drama e suspense; uma história bem escrita e desenvolvida e sequências de ação frenéticas e empolgantes. Até mesmo o ponto mais baixo da franquia, Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal , de 2008, tido como o último da série, possui essa magia - apesar de ser um tanto problemático, tenho que admitir.  É um tanto decepcionante que Indiana Jones e a Relíquia do Destino , último lançamento de junho de 2023 e que promete, agora de fato, imagino, ser o último da franquia, seja somente bacana, com boa vontade.  Ainda que o diretor James Mangold - realizador por trás de Logan , entre outros projetos - emule dignamente Steven Spielberg, concebendo grandes sequências de ação, misturando drama, comédia, suspense e romance e...

Oppenheimer, de Christopher Nolan - Uma Análise: Final

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           Nem todo filme sobrevive a uma segunda vez.  Seja porque o filme em questão não é muito bom, então o repeteco revelaria mais problemas, seja porque não há mais o que tirar dele em termos de discussão - já se absorveu tudo e houve um esgotamento -, e não há mais nada a se oferecer além disso.  Então foi com certo temor que revi Oppenheimer, para escrever este texto que você está lendo agora - ou não, então estou escrevendo pra mim, e o problema seria só meu duplamente…vamos voltar para a análise, melhor. E o receio não é porque “ na primeira vez é sempre melhor, não é mesmo?” (risada ao fundo), e sim porque a primeira experiência contempla o descobrimento, sentir o que não sentiu antes, e, claro, isso, geralmente, amplifica a sensação de deslumbramento, o maravilhamento diante uma obra a ser desvendada. Dessa forma, quando sentei-me novamente em frente à tela no templo chamado cinema, tive uma experiência menos bombástica (com o...

Oppenheimer, de Christopher Nolan - Uma análise: Parte 1

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Segundo a mitologia grega, o titã Prometeu roubou o fogo dos deuses e apresentou-o à humanidade. Esse ato de benevolência, claro, foi acompanhado de uma punição: por ordem de Zeus, Prometeu foi acorrentado em uma montanha onde, dia após dia, por gerações, uma águia devorava seu fígado, que se curava todas as noites.  Essa referência não é minha, obviamente. Além de estar no título do livro que o inspira - Oppenheimer: o mito e a tragédia do Prometeu americano , lançado aqui no Brasil pela editora Intrínseca -, o roteiro de Christopher Nolan, Kai Bird e Martin Sherwin abre este paralelo entre a história de J. Robert Oppenheimer e o Mito de Prometeu já na abertura do filme, que, ao contrário do que se pode parecer, não é sobre a história da criação das bombas atômicas que atingiram Hiroshima e Nagasaki em 1945, o ponto final da Segunda Guerra Mundial, mas sim tem nela um claro ponto de interesse, e é dela que saí a grande discussão: o que nos impede de nos destruirmos? Além de, é cla...