O cosplayer é um fã que eu nunca conseguirei ser
Mas eu estou fugindo do ponto. O que quero falar nesse breve texto é sobre o insight que tive durante a conversa: "O cosplayer é o maior fã que existe".
E não digo isso pensando no fato de que são pessoas comuns que se expõem justamente porque gostam de algo, ou porque querem se exibir, e sim, pensando no processo de um cosplay e nas condições ao qual eles se colocam.
Para exemplificar, quando você gosta de algo, quando você gosta muito de algo, culturalmente falando, uma camisa da parada, ou um cordão, anel, já basta. O ato de se fantasiar baseado naquilo que você admira, seja num filme, série, jogo, livro, história em quadrinhos, leva isso a outro nível.
Digo isso porque a pessoa que é um cosplayer precisa enfrentar muitas coisas ao usar uma fantasia, independente de qual ela seja. A foto a cima, tirada em uma Bienal do Livro no Rio de Janeiro, ilustra muito bem o argumento. O cara debaixo da roupa de Stormtrooper devia não só estar em uma verdadeira sauna á vapor, como morto de cansaço por ficar ali, em pé, durante horas. E por nada. Ele pagou a entrada como qualquer um.
Nesse sentido faria até um certo sentido dizer que, talvez, o cosplayer é como se fosse o Rodrigo Hilbert do público nerd/geek. É alguém que, como eu, e presumo, você, gosta de quadrinhos, filmes, séries, e muito mais coisas, mas que demonstra isso de uma forma muito maior. Ele não só vai na pré-estreia, mas vai vestido do personagem. E com uma fantasia cheia de detalhes e extremamente realista.
Mas por outro lado, pode-se dizer que é só alguém com mais tempo e paciência que adora algo como muitos adoram, mas só mostra de uma forma mais, digamos, extrovertida.
Mas eu adoraria ter ido vestido de Frodo na pré estreia de O Hobbit.
Por: Victor Braz
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