Coringa livre
Querendo ou não, a lógica é a maior inimiga da ficção
"Então o Coringa quer ser solto porque descobriu que o Batman conversava com o Comissário Gordon?"
Obviamente uma analogia para a situação envolvendo o vazamento de conversas do ministro Moro(n) - idiota em inglês, hahah - com o procurador Deltan Dallagnol - e claro, a relação delas com o caso do ex-Presidente Lula - o post tenta ser "engraçadão, brother" sem perceber o fato que há por trás: Sim, no mundo normal o Batman e o Gordon seriam presos e o Coringa, possivelmente, solto.
Querido leitor incauto, não é porque leu na web que é verdade, da mesma forma que não é porque saiu da boca de William Bonner que é verídico. Infelizmente, as histórias em quadrinhos são ficção. Apesar de haverem publicações de cunho mais vinculado á realidade, o cerne dessas histórias é a suspensão da realidade.
(Uau, falei bonito agora).
Voltando ao ponto inicial, nunca seria possível, com o pensamento do mundo em que vivemos claro, o comissário Gordon passar pano para o Homem Morcego e ainda deixá-lo agir. Dentro da nossa lógica de mundo contemporâneo, o estado deve fornecer direitos básicos para a população, entre eles está a segurança, claro. Ao contrário do que parece, o Homem Morcego não é da lei, na realidade é só um "mano" fantasiado que frequenta muito o crossfit. Mas para fins de entretenimento, ele é colocado sempre como amigo da polícia, por isso nunca foi preso agredindo bandidos sem mandato.
(Em outras palavras, se existisse direitos humanos em Gotham, Batman estava na merda).
Agora, da mesma forma que um juiz e um procurador formarem uma dupla e conversarem entre si sobre o mesmo caso, e o juiz sempre dando dicas para que caminho a investigação deva ir seja proibido, um comissário de polícia prender um bandido maluco e perigoso com a ajuda de outro fora da lei, o Batman, é muito mais. Claro, há diversas provas contra o Coringa, mas o Batman não é da polícia, não trabalha para o governo, logo, a prisão do vilão não valeria de nada se não fosse dentro dos parâmetros legais (sem falar que se o mesmo tiver um bom advogado, conseguiria ficar solto e ainda prender o Batman, o comissário e processar o estado).
Querendo ou não, a realidade e a lógica do nosso mundo são inimigas da ficção.
Por: Victor Braz
(Uau, falei bonito agora).
Voltando ao ponto inicial, nunca seria possível, com o pensamento do mundo em que vivemos claro, o comissário Gordon passar pano para o Homem Morcego e ainda deixá-lo agir. Dentro da nossa lógica de mundo contemporâneo, o estado deve fornecer direitos básicos para a população, entre eles está a segurança, claro. Ao contrário do que parece, o Homem Morcego não é da lei, na realidade é só um "mano" fantasiado que frequenta muito o crossfit. Mas para fins de entretenimento, ele é colocado sempre como amigo da polícia, por isso nunca foi preso agredindo bandidos sem mandato.
(Em outras palavras, se existisse direitos humanos em Gotham, Batman estava na merda).
Agora, da mesma forma que um juiz e um procurador formarem uma dupla e conversarem entre si sobre o mesmo caso, e o juiz sempre dando dicas para que caminho a investigação deva ir seja proibido, um comissário de polícia prender um bandido maluco e perigoso com a ajuda de outro fora da lei, o Batman, é muito mais. Claro, há diversas provas contra o Coringa, mas o Batman não é da polícia, não trabalha para o governo, logo, a prisão do vilão não valeria de nada se não fosse dentro dos parâmetros legais (sem falar que se o mesmo tiver um bom advogado, conseguiria ficar solto e ainda prender o Batman, o comissário e processar o estado).
Querendo ou não, a realidade e a lógica do nosso mundo são inimigas da ficção.
Por: Victor Braz
Ótima análise. Parabéns.
ResponderExcluirBravo!!!
ResponderExcluirBravo!!!
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