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Mostrando postagens de novembro, 2014

Critica: Machete

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Nota: 8/9 Robert Rodriguez leva sua estética de filme B ao extremo. Desde Planeta Terror (Planet Terror, 2007) que Robert Rodriguez traz o estilo de filme B e em Machete (2010) o diretor leva isso a outro patamar. Na trama o ex-policial Machete (Danny Trejo), 3 anos após ter sido caçado pelo chefão do crime Torrez (Steven Seagal), vaga pelas ruas do Texas até que é procurado por Michael Booth (Jeff Fahey), que quer matar o senador McLauhglin (Robert De Niro), ícone dos conservadores americanos que quer fechar a fronteira dos EUA aos ilegais Mexicanos. O plano se revela uma arapuca e na fuga Machete vai para a casa de Luz (Michelle Rodriguez). Todos os conhecedores de Rodriguez irão se familiarizar com cenas de tiroteio em igrejas, explosões.  Machete é o melhor exemplo de um filme de extremos, desde sangue, explosões, até a cena onde Machete usa as tripas de um cara como corda. A estética do filme B funciona muito bem e é usado como metalinguagem também, como vezes que a tela f...

Critica: Divergente

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Nota: 5/3 Amalgama de outros livros vira filme de Neil Burger. Criar conceitos para sci-fi é algo muito feito hoje em dia, mas Divergente (Divergent, 2014) faz isso bem até 40% do filme, o resto é repeteco. Em um mundo distópico a sociedade é dividida em cinco facções: Amizade, Erudição, Abnegação e Audácia. Ao completar 16 anos, jovens precisam ir fazer um exame para saber a qual facção pertencer, mas Beatrice Prior (Shailene Woodley) descobre ser um tipo raro e, também perigoso: ela é uma divergente. Basicamente Beatrice tem características de todas as facções e acaba virando uma ameaça ao governo. Todo o segmento de treinamento tem partes muito boas, sem tirar o clichê onde a personagem começa fraca e com o tempo vira forte e começa a lutar muito bem. O diretor Neil Burger ( Sem Limites ) cria cenas de ação boas, mas as partes mais românticas não são bem dirigidas. Muitos conceitos do filme são roubados de outros filmes, o exame de facções lembra o Chapel Seletor de Harry Potte...

Critica: A Culpa é das Estrelas

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Nota: 6/8 Adaptação é boa, mas, as vezes, é clichê. Lançado em 2012 o livro virou um fenômeno mundial e com isso uma adaptação foi feita, A Culpa é das Estrelas (The Fault in Our Stars, 2014) é o resultado do romance de tanto sucesso para o público jovem. Por um lado a historia é obvia mas é boa, Hazel Grace (Shailene Woodley) frequenta um grupo de pacientes com câncer, doença que foi diagnosticada quando Hazel tinha 13 anos. Em um certo dia aparece um novo garoto no grupo, Augustus Waters (Ansel Elgort), que não tem uma perna. Ambos os dois personagens vivem seus dias como fossem os últimos. Hazel é deprimida e todo dia acha que vai morrer e Gus é mais engraçado, dirige perigosamente, joga videogame e coisas do tipo.  Os problemas vão aparecendo quando os dois viajam a Amsterdã para conhecer um recluso escritos (Willem DaFoe), que escreveu o livro favorito de Hazel, Uma Aflição Imperial. O personagem é muito bom até um certo ponto quando ele vira emocional demais e vira só mai...

Critica: Che - Parte 1 e 2

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Nota: 7/6 Steven Soderbergh mostra o homem por trás do mito de Ernesto "Che" Guevara. Ernesto de la Serna Guevara, O "Che". Uma das figuras mais importantes do século 20, alguns o vêem como revolucionário e idealista e outros como assassino. Independente disso sua importância histórica é inegável e com isso o cineasta Steven Soderbergh mostra a sua visão do guerrilheiro, agora não como ícone, mas o homem por trás do mito. O épico de 4 horas e meia acompanha "Che" desde o primeiro encontro com Fidel Castro em 1956 até sua morte na Bolívia em 1967. O longa dividido em 2 partes é uma cinebiografia, mas não é dramática e cheia de clichês como de costume. Não são amenizados os crimes e mortes cometidas em prol da liberdade. A primeira parte: Che (The Argentine) mostra a turnê de Guevara nos EUA e o seu discurso na ONU (gravado em preto e branco com tons granulados), a viagem de barco (que levou 82 revolucionários á ilha caribenha) e as batalhas para acabar ...

Critica: Sem Limites

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Nota: 7/8 Inteligência do longa não se restringe só ao protagonista. Sem Limites (Limitless, 2011) fala sobre um aspirante a escritos, Eddie Morra (Bradley Cooper) que esta cada vez mais deprimido pois tem bloqueios criativos, ele perde a namorada e quase perde o contrato com uma editora pelo seu (ainda nem iniciado) livro. Após ficar semanas trancado em seu imundo apartamento Eddie resolve andar livremente pelas ruas e encontra seu ex-cunhado, que tem uma solução para todos os seus problemas, só que em forma de pilula. Uma droga chamada NZT, que permite que seu usuário tenha acesso total a seu cérebro, muito mais que os 10% que usamos normalmente. Sem outra solução Eddie experimenta a droga e ele muda completamente. A primeira mudança vem na visão, os tons azulados e frios viram coloridos e claros, num tom mais quente. Só ao assistir há um filme de luta ele aprende a lutar. O livro que não tinha nada escrito vai de zero palavras até a metade da historia em questão de horas. Só ao ...

Critica: Um Final de Semana em Hyde Park

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Nota: 6/1 Bill Murray está brilhante como Franklin Roosevelt em filme sobre a atrapalhada visita britânica aos EUA. Um Final de Semana em Hyde Park (Hyde Park on Hudson, 2012) fala sobre a histórica visita do Rei George VI e da Rainha Elizabeth em 1939 aos EUA para pedir apoio contra as eminentes forças nazistas na Segunda Guerra Mundial. Junto a isso temos uma segunda historia, sobre Margaret Suckley, prima do presidente, que foi chamada pela mãe de Roosevelt para tirar sua mente do trabalho. Das duas historias que ocorrem lado-a-lado a melhor é sobre a visita britânica. Bem-humorada, mostrando o desconforto dos líderes britânicos ao visitarem os EUA, vendo seus costumes, cultura, comida. Tudo isso culmina no grande "vilão" do filme: O cachorro-quente. É anunciado que no último dia de visita será feito um piquenique, onde será servido a tal comida.  As cenas de Margaret são as mais melancólicas e que, depois de um tempo se tornam chatas. As atuações são boas, a melhor é ...

Critica: Refém da Paixão

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Nota: 9/1 Jason Reitman faz trabalho memorável em filme de manipulação de gênero. Refém da Paixão (Labor Day, 2013) é o novo filme de Jason Reitman (Juno, Amor Sem Escalas) e que faz um romance mas sem ser clichê. O longa fala sobre uma mãe (Kate Winslet) e seu filho (Gattlin Griffith) e que, enquanto estavam no mercado, são abordados por um presidiário (Josh Brolin) e que são obrigados a leva-lo para casa. O filme oscila entre as cenas principais e flashbacks sobre a vida do presidiário, sobre o porque dele ter sido preso. No fundo é um filme sobre romance mas que se aprofunda em algo muito maior. Há participações especiais de J.K. Simmons (que aparece em uma cena) e Clark Gregg (que faz o pai do menino). O filme se passa em 1987 e a cultura é mostrada no filme por meio de musicas, HQ'S. A unica coisa ruim é o final, tenta ser muito emotivo (até demais), mas que consegue melhorar e nos últimos segundos. Refém da Paixão é um filme muito bom, manipula o gênero em que esta empreg...

Critica: Tio Boonmee, Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas

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Nota: 10 Uma historia sobre renascimento e morte em um filme completamente metafórico. Tio Boonmee, Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas (Lung Boonmee Raluek Chat, 2010) é o novo filme de Apichatpong Weerasethakul que deixou sua marca no cinema, que volta com o "cinema arte", que pouco vemos, por tanta bobagem que estreia no cinema hoje em dia. O longa  conta a historia de Boonmee, que esta com problemas no rim e que decide ir para sua casa na floresta com alguns de seus familiares. Logo no começo vemos o fantasma de sua falecida esposa, que interage com todos, incluindo Boonmee, nos seus últimos dias de vida e que também tem a presença de seu sumido filho, que volta em forma de animal. O filme não usa uma linguagem muito comum, tem cenas onde só se ouve o barulho dos animais e do vento, com os personagens contemplativos e sem cortes. É um filme bem diferente para o que se vê atualmente. Há muita piração em Tio Boonmee no que se diz na parte fantasiosa, macacos-fantasma ...

Critica: Sua Alteza

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Nota: 8/6 Diretor de Segurando as Pontas faz paródia de filmes medievais. Após investir em dramas que consagraram David Gordon Green em vários festivais, o diretor lança Segurando as Pontas (Pineapple Express, 2008), que é uma sátira aos filmes de ação dos anos 80, só que com dois protagonistas maconheiros (James Franco e Seth Rogen) e Sua Alteza (Your Highness, 2011) é também uma sátira, agora aos filmes medievais, imagine Cheech e Chong no mundo de Senhor dos Anéis por exemplo. O longa fala sobre Thadeous (Danny McBride), um príncipe maconheiro, preguiçoso e arrogante que precisa ir a uma missão com seu irmão Fabious (James Franco), que acaba de voltar de uma missão onde resgata uma mulher virgem, sequestrada por um feiticeiro. Ambos os dois filmes brincam com os gêneros em que fazem sátira, vários clichês dos filmes de fantasia são usados e o diretor brinca com eles de uma forma muito engraçada, as partes mais cômicas são as maconheiras e as cenas de ação. Reviravoltas e acontec...

Critica: Drácula - A História Nunca Contada

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Nota: 5/6 Filme de origem traz (alguns) elementos do vampirismo mas, que termina com nota baixa. Drácula - A Historia Nunca Contada (Drácula Untold, 2014) é o filme de origem de um dos monstros mas famosos do cinema e que conta a historia de Vlad, um príncipe da Transilvânia que, para defender sua família e seu povo, faz um acordo com uma criatura e que ganha poderes vampíricos para derrotar o exército Turco. Apesar de ser um filme de origem, Drácula - A Historia Nunca Contada não traz muitas novidades, tirando os superpoderes vampíricos de Vlad. Os efeitos especiais são bons, mas há muitos problemas de câmera, mostrando o protagonista em reflexos na espada e etc.  Apesar de Drácula ser um monstro não há espirito de monstro em Vlad, não é um personagem muito "interessante", o motivo para ele se tornar Drácula (apesar de nunca ter sido mostrada) não é tão boa. Cenas de ação de boas, tem violência, principalmente uma cena de batalha, que é uma das melhores cenas do filme...

Critica: Batman: O Cavaleiro Das Trevas - Parte 1 e 2

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Nota: 10 Animação adapta famosa HQ de Frank Miller. Se Watchmen já havia mudado o estilo das HQ'S dos anos 80, Batman: O Cavaleiro Das Trevas (Batman: The Dark Knight Returns) deu um novo estilo as HQ'S de super-heróis e deixou o personagem mais sombrio. A animação dividida em duas partes conta (em forma bastante curta) uma das maiores historias do Homem-morcego. A primeira parte mostra o retorno de Bruce Wayne ao mundo do crime, após de anos em aposentadoria. Os acontecimentos da parte 1 são a luta contra o Líder Mutante e o Duas-Caras e a segunda parte é a Robin lutando ao lado do Batman, a volta do Coringa e a luta contra o Super-Homem após uma guerra territorial em Corto Maltes. O Batman, igual a HQ de Frank Miller é muito mais velho e lento, mas que decide voltar para salvar Gotham do Líder Mutante. As dublagens estão boas, Batman é dublado por Peter Weller que faz um trabalho competente, o dublador do Superman tem uma voz fina, apesar de que na HQ e também na animaçã...