Critica: Che - Parte 1 e 2

Nota: 7/6
Steven Soderbergh mostra o homem por trás do mito de Ernesto "Che" Guevara.
Ernesto de la Serna Guevara, O "Che". Uma das figuras mais importantes do século 20, alguns o vêem como revolucionário e idealista e outros como assassino. Independente disso sua importância histórica é inegável e com isso o cineasta Steven Soderbergh mostra a sua visão do guerrilheiro, agora não como ícone, mas o homem por trás do mito. O épico de 4 horas e meia acompanha "Che" desde o primeiro encontro com Fidel Castro em 1956 até sua morte na Bolívia em 1967. O longa dividido em 2 partes é uma cinebiografia, mas não é dramática e cheia de clichês como de costume. Não são amenizados os crimes e mortes cometidas em prol da liberdade. A primeira parte: Che (The Argentine) mostra a turnê de Guevara nos EUA e o seu discurso na ONU (gravado em preto e branco com tons granulados), a viagem de barco (que levou 82 revolucionários á ilha caribenha) e as batalhas para acabar com o regime de Fulgencio Batista. A segunda parte: Che - A Guerrilha (Guerrilla) mostra "Che" chegando a Bolívia.

Os dois filmes são diferentes, o primeiro é mais acelerado e o segundo é mais linear e alterna na saturação de cores, mostrando cenas contemplativas. O filme é tecnicamente muito bem feito, filmado muito bem em Scope Digital. O roteiro usa trechos do diário de Guevara e que tem momentos de pura genialidade, principalmente na primeira parte. Benicio Del Toro está perfeito como Ernesto "Che" Guevara, não teria como outro ator interpretar o guerrilheiro. Che - parte 1 e 2 são filmes honestos, partes muito lentas, mas que não comprometem o quadro geral. Se Ernesto de la Serna Guevara ou "Che" foi mesmo um revolucionário ou assassino, cabe ao publico decidir.


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