Critica: Desconhecido

Um plot-twist em longa metragem descompromissado com a realidade. Querendo ou não A Origem (Inception, 2010) influenciou o cinema. Mas não por seus efeitos ou roteiro, direção, mas sim por seu contexto: uma narrativa em camadas. Em Desconhecido (Unknown, 2011) Jaume Collet-Serra também cria seu roteiro em várias camadas, mas, diferentemente do longa de Christopher Nolan, onde a mudança de cada nível do sonho é feita em chutes, aqui, é por plot-twists. E essa analogia dura o filme inteiro. A primeira parte é o mistério: porque o personagem de Liam Neeson não é quem pensa ser?. A segunda parte são os "arenques" (expressão usada para caracterizar uma pista-falsa), e enfim a terceira: a resposta - a hora onde todas as cartas são jogadas sob a mesa e o protagonista descobre a verdade. Artifícios clichês e manjados mas usados eficientemente na narrativa. Claro que essas mudanças na trama são colocadas muito mais como uma "bengala de direção" do que como uma especialida...