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Mostrando postagens de maio, 2015

Critica: Desconhecido

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Um plot-twist em longa metragem descompromissado com a realidade. Querendo ou não A Origem (Inception, 2010) influenciou o cinema. Mas não por seus efeitos ou roteiro, direção, mas sim por seu contexto: uma narrativa em camadas. Em Desconhecido (Unknown, 2011) Jaume Collet-Serra também cria seu roteiro em várias camadas, mas, diferentemente do longa de Christopher Nolan, onde a mudança de cada nível do sonho é feita em chutes, aqui, é por plot-twists. E essa analogia dura o filme inteiro. A primeira parte é o mistério: porque o personagem de Liam Neeson não é quem pensa ser?. A segunda parte são os "arenques" (expressão usada para caracterizar uma pista-falsa), e enfim a terceira: a resposta - a hora onde todas as cartas são jogadas sob a mesa e o protagonista descobre a verdade. Artifícios clichês e manjados mas usados eficientemente na narrativa. Claro que essas mudanças na trama são colocadas muito mais como uma "bengala de direção" do que como uma especialida...

Critica - Séries de TV: Hemlock Grove (Temporada 1)

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Quando os coxinhas invadiram a televisão. Dentre os muitos filmes e séries que já assisti, várias vezes tinha algum diálogo, ou acontecimento que eram engraçados. Obviamente nas várias vezes que isso acontecia, não era para o publico rir. Essa pequeno relato é só para exaltar o quão anti-climático é Hemlock Grove - seriado produzido por Eli Roth -, que contém personagens tão desinteressantes quanto seu roteiro mal moldado. antes de falar de seus defeitos, vamos falar de um problema no gênero terror; outrora focado no psicológico, em vindouros anos acabou se tornando o lar do "gore", e as ideias que eram ali criadas viraram raridades, dando lugar á mais Jason genéricos, ou outros filmes de mansão-mal-assombrada do que á um O Sexto Sentido por exemplo. E voltando ao assunto principal, quando digo roteiro mal moldado, quero dizer, diálogos mal escritos (muito, muito mal escritos!!!), e muitas vezes com tons irônicos - "Filho, como foi seu dia?" - "Olha, cada ...

Critica - Séries de TV: Wayward Pines (Critica do Piloto)

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Em sua primeira empreitada pela TV, M. Night Shyamalan referência Silent Hill, Ilha do Medo e Twin Peaks. Desde seus primeiros filmes, M. Night Shyamalan já impressionava com suas técnicas de suspense - quem não ficou confuso com o final de O Sexto Sentido que atire a primeira pedra -, fazendo-o assim um cineasta conhecido, porém, a partir de O Ultimo Mestre do Ar ou até o recente Depois da Terra, Shyamalan deixou de ser um diretor de terror, como era em seus primeiros trabalhos. Em Wayward Pines, sua primeira série para televisão, o criador de Sinais volta aos temas que o consagraram em longas como A Vila, mas referenciando outras obras, como Twin Peaks - do sempre citado David Lynch -, Ilha do Medo - de Martin Scorsese - e Silent Hill - game produzido pela Konami. E o melhor é que todas as suas inspirações já citadas são bem utilizadas. A cidade misteriosa, cujo os habitantes sorridentes, que fingem não saber de nada, guardam segredos (bem O Show de Truman, não?), os telefones...