Critica: Desconhecido
Um plot-twist em longa metragem descompromissado com a realidade.
Querendo ou não A Origem (Inception, 2010) influenciou o cinema. Mas não por seus efeitos ou roteiro, direção, mas sim por seu contexto: uma narrativa em camadas. Em Desconhecido (Unknown, 2011) Jaume Collet-Serra também cria seu roteiro em várias camadas, mas, diferentemente do longa de Christopher Nolan, onde a mudança de cada nível do sonho é feita em chutes, aqui, é por plot-twists. E essa analogia dura o filme inteiro. A primeira parte é o mistério: porque o personagem de Liam Neeson não é quem pensa ser?. A segunda parte são os "arenques" (expressão usada para caracterizar uma pista-falsa), e enfim a terceira: a resposta - a hora onde todas as cartas são jogadas sob a mesa e o protagonista descobre a verdade. Artifícios clichês e manjados mas usados eficientemente na narrativa. Claro que essas mudanças na trama são colocadas muito mais como uma "bengala de direção" do que como uma especialidade do cineasta. Se tratando aliás de seus primeiro trabalho fora do gênero terror.
Mas o resultado não é ruim. Usando truques fotográficos para retratar as memórias do personagem principal o diretor se mostra mais técnico. Junto as suas cenas de ação, não tão grandiosas quanto os tiroteios de Busca Implacável (Taken, 2008), mas tão estapafúrdias quanto - como uma perseguição em plena calçada de Berlin. Mas com tantas qualidades, o filme falha. Por exemplo, porque uma imigrante ilegal concordaria em entrar em mais confusão por um relógio de 5 mil euros?, ou como um pen drive consegue ter tanto alcance? - são perguntas sem resposta usadas enquanto problemas dentro do contexto narrativo. Claro que depois de tantas perguntas sem resposta, na hora da verdade, seu terceiro ato cai no clichê do embate final - protagonista e vilão - e depois de tantos problemas a resolução feliz do herói -, mas, na verdade, não dava pra escapar desse fato. Com boas ideias e uma trama cujo o final não é tão satisfatório quanto parece. Um plot-twist descompromissado com a realidade - Nota: 6/2.
Mas o resultado não é ruim. Usando truques fotográficos para retratar as memórias do personagem principal o diretor se mostra mais técnico. Junto as suas cenas de ação, não tão grandiosas quanto os tiroteios de Busca Implacável (Taken, 2008), mas tão estapafúrdias quanto - como uma perseguição em plena calçada de Berlin. Mas com tantas qualidades, o filme falha. Por exemplo, porque uma imigrante ilegal concordaria em entrar em mais confusão por um relógio de 5 mil euros?, ou como um pen drive consegue ter tanto alcance? - são perguntas sem resposta usadas enquanto problemas dentro do contexto narrativo. Claro que depois de tantas perguntas sem resposta, na hora da verdade, seu terceiro ato cai no clichê do embate final - protagonista e vilão - e depois de tantos problemas a resolução feliz do herói -, mas, na verdade, não dava pra escapar desse fato. Com boas ideias e uma trama cujo o final não é tão satisfatório quanto parece. Um plot-twist descompromissado com a realidade - Nota: 6/2.
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