Critica: Jauja

Don Quixote e a jornada metafísica de Lisandro Alonso sobre a beleza da existência e da perda. "É na procura da locação que surgem as histórias que conto". Essa frase é dita pelo diretor Lisandro Alonso (Liverpool) em entrevistas no lançamento de seu novo longa, Jauja, que é nesse pretexto, um filme que transforma lugares em personagens. E o local onde o longa se passa é propício para seu épico interiorizado. Os vastos e montanhosos caminhos da Patagônia servem para seu enredo, uma ficção que brota em simplórios diálogos, uma história á contar. Mas em seus 110 minutos, Alonso faz em sua película uma jornada folclórica, e "Jauja", como dito no inicio do filme, uma terra prometida de sonhos onde o personagem de Viggo Mortensen passa á margem da loucura em busca de sua filha, que fugiu com um amor adolescente. E apesar de conceber tramas não muito palpáveis, acredite, Jauja é o filme mais acessível do diretor. Mas não se engane, quando digo "acessível...