Critica: Missão: Impossível - Nação Secreta

Quinto longa da série traz características dos filmes de espião antigos, mas, mais do que nunca, um show de dinamismo e acrobacias.
Desde seus primeiros filmes, Missão: Impossível sempre teve cenas que beiram o inimaginável. Mas sempre foram algo que traziam de volta o teor de filmes de espião antigos. Em Missão: Impossível - Nação Secreta (Mission: Impossible - Rogue Nation, 2015) isso é levado ao nível máximo. Se lembram de quando James Bond foi ao espaço em Contra o Foguete da Morte (Moonraker, 1979)? É a mesma coisa, só que invés de ir a lua, Ethan Hunt (Tom Cruise) se mantém agarrado á uma porta de um avião já decolado. Em longas como Kingsman - Serviço Secreto (Kingsman - The Secret Service, 2015), há uma clara homenagem, já em MI5, o diretor Christopher McQuarrie agrega elementos, características dos filmes de espionagem antigos, mas, também, mesclados á ação de filmes recentes. 
Parkour e outras cenas de ação (sem se esquecer da parte do avião) fazem de Nação Secreta um show de acrobacias. E Cruise faz disso o filme valer a pena. Perseguições de moto e até uma sequência em baixo da água, Cruise não usa dublês em nenhuma delas, e em sua maioria sem efeitos especias. O ator desafia a morte em mais uma missão impossível, que, claro, não pode ser realizada por uma equipe se não a IMF liderada por Hunt. Na trama, a IMF, que agia de forma independente do governo, acaba sendo desativada e seus integrantes, movidos pra a CIA. Agora, Ethan, procurado por seus compatriotas, precisa acabar com a "anti-IMF", conhecida como Sindicato, uma organização terrorista que esta sempre um passo á sua frente. Toda sua equipe esta de volta, incluindo seus gadgets.


Uma lição de dinamismo.
Uma das melhores coisas em MI5 é sua edição. Talvez, uma das coisas que mais reclamam em filmes de ação são os cortes excessivos. Em Missão: Impossível - Nação Secreta, sua edição dá uma lição de dinamismo em muitos outros longas. Planos que acompanham as cenas, dando ao espectador mais visão de suas pancadarias ou tiroteios. é tudo frenético, mas visível. E sua atmosfera também faz parte da edição. Em cenas em baixo da água por exemplo, a falta de corte gera mais suspense, junto a música, que dá uma sensação de urgência muito grande. Mas McQuarrie faz de seu longa, uma aula de dinamismo e movimento, principalmente em suas cenas de ação, onde os cortes as deixa mais frenéticas, mas perceptíveis. 

Claro que há problemas, mas seus truques, quase de ilusionistas em certas horas, dão ao filme mais camadas em seu suspense, mas, talvez, um dos grandes problemas desses filmes, é ver que, por mais, complicados, ou melhor, impossíveis sejam seus desafios, o herói sempre vence. Mas numa película onde o ator pode mesmo correr riscos (com ou sem dublê), não há terror maior do que se perder silenciosamente na fumaça numa caixa lacrada do que Nação Secreta deixa a entender, de seu inicio ao fim. Nota: 9/4

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