O boquinha de cemitério
"Se Pelé calado é um poeta, Bolsonaro quieto é Platão e Sócrates somados"
Desde meu último texto - Esse aqui ó, clica ai - o Presidente eleito Jair Bolsonaro - nunca pensei que escreveria isso - tomou diversas decisões, e voltou atrás em várias, que podem mudar muito a dinâmica do nosso país. Desde fundir o Ministério da Agricultura com o do Meio Ambiente até em chamar Maitê Proença e Dr. Rey para cargos públicos - pode rir, essa é a piada.
O mais bizarro disso tudo é a forma como nosso futuro presidente anuncia suas propostas.
Em vídeo para seu canal no Youtube, Jairzinho defendia a fusão dos ministérios, já em seu Instagram - será que ele fala "Insta" também? -, Bolsonaro fez recomendações de canais nos quais ele acha que podem ser "opções excelentes de informação", lista que inclui o canal Nando Moura e Diego Rox. De novo, a piada é essa.
A mais nova vítima das redes sociais do futuro presidente foi o Programa Mais Médicos. Criado no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, saudades, o PMM contava com apoio de diversos estados e municípios para melhorar o atendimento aos usuários do SUS. "Levando mais médicos (entenderam? mais médicos...? desculpa) para regiões onde há escassez ou ausência de profissionais", além de "mais investimentos na ampliação e construção das Unidades Básicas de Saúde", segundo o site oficial.
Apesar de uma excelente ideia, que leva a saúde á locais muito remotos e precários, contudo, a parte que envolve Cuba não agrada Bolsonaro, e todos os envolvidos no seu futuro governo. Em seu Twitter, copiando seu ídolo, o presidente dos EUA mergulhado em Cheetos, Donald Trump, o bozo fez duras críticas ao programa e a competência dos profissionais Cubanos, ignorando o fato de que o país possui um dos melhores sistemas de saúde do mundo.
Com a decisão da saída de Cuba do Programa, a estimativa é de que pelo menos 367 municípios fiquem sem médico.
Ao abrir suas redes sociais, Bolsonaro coloca o futuro do país á prova.
Infelizmente, pode rir, essa é a piada.

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