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Mostrando postagens de fevereiro, 2016

Critica: Deadpool

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Ryan Reynolds se redime em filme que faz jus ao Mercenário Tagarela.  A história de Deadpool sempre foi triste. Além de ter sido criado por Bob Liefeld, que detém o infame titulo de "pior desenhista do mundo", e sido considerado uma cópia descarada do Exterminador da DC Comics, o personagem também foi um dos principais personagens de X-Men Origens: Wolverine, que é considerado, até pelo próprio ator Ryan Reynolds - que protagonizou outro filme baseado em HQ, o também odiado Lanterna Verde -, uma piada. Querendo se redimir com o público, Reynolds assume o papel do protagonista pela segunda vez no longa que faz jus ao Mercenário Tagarela, e também o mais fiel ao material fonte. De início o diretor Tim Miller já mostra a que veio, com créditos iniciais que zoam parte do elenco. E a partir disso, uma sucessão de referências e piadas com a cultura em geral.  Mas vamos falar do enredo. Com algumas histórias de origem já contada nos quadrinhos, Wade Wilson (Reynolds) vive ...

Critica: Trumbo: Lista Negra

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Astro de Breaking Bad esta excelente no filme de Jay Roach sobre a "caça as bruxas" em Hollywood. Os anos 40 não foram uma boa época para se dizer ser comunista. Para os americanos, era igual ser judeu na Segunda Guerra. Quem era comuna, era traidor, ponto. O problema era tanto que foram criados comissões para saber se eles estavam infiltrados em solo americano, e uma das áreas suspeitas era a da indústria cinematográfica, na qual Dalton Trumbo (Bryan Cranston) entre outros eram expoentes. Após negaram respostas a perguntas do governo, ele e outros comunistas da área foram presos e colocados na Lista-Negra, onde eram impedidos de trabalharem, mesmo depois de cumprirem a pena. E esse boicote durou até os anos 70, e durante esse tempo, Trumbo passou a ser um ghost-writer e também um "doutor de roteiro", e não ganhava nenhum crédito pelo trabalho. Vindo a ter seu mérito anos depois. E Trumbo: Lista Negra (Trumbo, 2015), de Jay Roach retrata essa época, entre a com...

Critica: As Memórias de Marnie

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Hiromasa Yonebayashi faz o filme mais pé no chão do Studio Ghibli. Um dos estúdios mais conhecidos no mundo, o Studio Ghibli sempre produziu filmes com grandes toques de fantasia, principalmente os de Hayao Miyazaki, um dos maiores diretores do japão dos últimos anos e de Isao Takahata, responsável por O Túmulo dos Vaga-lumes e o recente O Conto da Princesa Kaguya, porém, As Memórias de Marnie (Omoide no Marnie, 2014), o longa mais pé no chão do estúdio, se assemelha mais a um Vidas ao Vento (2013) do que a Meu Vizinho Totoro (1988). Anna é uma garota que vive com uma família adotiva, após os pais terem morrido muito cedo e também parentes mais próximos. Solitária e quieta, com poucos amigos, após um incidente na escola, seu médico a diz para tomar um pouco de ar fresco, e vai para a casa de conhecidos. A procura do que fazer, acaba conhecendo Marnie, a garota de cabelos louros, contudo, Marnie não é exatamente aquilo que parece.  Também brincando com o imaginário, algo qu...

Critica: O Regresso

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Diretor de Birdman, Alejandro Gonzales Iñarritu faz seu melhor trabalho em filme de sobrevivência. Responsável por 21 Gramas e Babel, o mexicano Alejandro Gonzales Iñarritu, vencedor do Oscar (e indicado também esse ano) por  Birdman (Ou a Inesperada Virtude da Ignorância) , faz em seu novo longa, O Regresso (The Revenant, 2015) seu melhor trabalho. Filmado em locação, colocando os atores e a equipe de filmagem a baixas temperaturas, o enredo acompanha Hugh Glass (Leonardo DiCaprio), um explorador que esta junto a sua equipe em 1822 no desconhecido Oeste Americano em busca de ganhar dinheiro com caça. Entre conflitos com uma tribo local, ele e os parceiros se deslocam de um lugar a outro, até que em um dos acampamentos improvisados que eles montaram, Glass resolve dar uma olhada no local, quando é atacado por urso. Gravemente ferido, ainda é abandonado por um de seus companheiros, que leva seu rifle, só deixando-o com água e roupas para se proteger do frio. Á própria sorte, el...

Critica: Anomalisa

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Em stop-motion, Charlie Kaufman adere ao minimalismo para fazer o retrato da vida nos dias de hoje. O protagonista de Anomalisa (2015) Michael Stone (voz de David Thewlis) é uma vitima da vida cotidiana. Acorda na mesma casa, com a mesma mulher e filhos, os amigos, é reconhecido por pessoas na rua, trabalha e dorme, no dia seguinte, tudo igual. E isso desde o dia que foi deixado por uma mulher que gostava. E isso que os diretores Duke Johnson e Charlie Kaufman (conhecido pelos roteiros de Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças e Adaptação) querem retratar nessa animação feita em stop-motion. Usando de técnicas para criar metáforas, o filme começa com diversas pessoas conversando, (todas na mesma voz de Tom Noonan, que, com a exceção dos protagonistas, dubla todos os personagens), nisso, surge em um reflexo Michael, que esta indo viajar para Connecticut onde vai dar uma palestra sobre auto-ajuda, sua especialidade já retratada em livro. Ao chegar no hotel, marca um encontro co...