Brasil acima de todos, menos dos EUA

"Da Wikipédia: Patriotismo é o sentimento de orgulho, amor e devoção á pátria, aos seus símbolos e a seu povo. 
Pessoalmente, eu acho muito importante o respeito aos mais velhos. Não só porque eles são mais velhos e, portanto, possuem muito mais conhecimento, mas como também, são figuras de uma certa autoridade. Claro, há diversas pessoas "de idade" que falam muita merda, usando uma linguagem mais livre, como o guru conservador Olavo de Carvalho, contudo, vivem há muito mais tempo e sabem muito mais sobre a vida do que eu, por exemplo.

Porém, há um linha muito tênue que divide o respeito do ato de puxar o saco, usando um português claro. Coisa que recentemente vimos que nosso futuro Presidente da República, Jair Bolsonaro - difícil escrever isso ainda -, não compreende muito bem. 

A foto que ilustra essa crônica - ou texto só, tanto faz - é de 2017, quando Bolsonaro estava na Flórida, num comício que acontecia em um restaurante. Local no mínimo estranho pra um evento desses, mas ok. Enfim, após uma plateia o chamar de "mito" e começar a gritar "USA", em coro, nosso grande presidente patriota presta continência à bandeira norte-americana. Atuação não só bem tosca mas como ilegal, já que só se presta tal homenagem a uma bandeira estrangeira em ato oficial. 

Pois bem. Em reunião em sua casa no Rio, no dia 29 de novembro, o presidente eleito se encontrou com o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, - que, até onde sei, não tem parentesco com Michael Bolton, o cantor - e, no início do encontro, o brasileiro bateu continência para o diplomata estadunidense.

Como podemos ver, nosso presidente prefere uma saudação militar ao invés de apertar as mãos de alguém. 

Claro, não era de se esperar que algo assim acontecesse. Bolsonaro é presidente, mas ainda assim é um subordinado para seu próprio vice. Ele é capitão, Mourão é general. Aliás, será que o nome do Mourão, Hamilton, se pronúncia igual ao piloto de F1, Lewis Hamilton, ou como o Comandante Hamilton, piloto do programa do Datena? Fica a dúvida. 

Piadas a parte, é bizarro ver o presidente de um país se dizer patriota mas ser completamente obcecado com o país dos outros. 

Ao menos se Bolsonaro decidir trocar o verde-amarelo-azul e branco por branco-azul e vermelho, ainda há uma semelhança, afinal, a bandeira dos EUA tem estrelinha também,  não tem? 

Por: Victor Braz

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