Critica: Slow West
Western revisionista otimista de John Maclean fantasia sobre o "bom velho-oeste".
O velho-oeste nunca foi um bom lugar para se viver. Já vimos isso em Bravura Indômita (True Grit, 2010), Django Livre (Django Unchained, 2012) ou até em Read Dead Redemption, o game da Rockstar. Em Slow West (2015), a estreia de John Maclean no cinema, tenta ser um faroeste otimista e revisionista. Jay (Kodi Smit-McPhee) esta indo da Escócia até o vasto Oeste Americano em busca de Rose (Caren Pistorius), uma amiga que fugiu da Europa por circunstâncias desconhecidas. No caminho, Jay encontra Silas (Michael Fassbender), um caçador de recompensas solitário que o acompanha na jornada afim de ajudar.
"O bom velho-oeste".
Desde os primeiros minutos onde Jay é abordado por "homens da lei" e Silas os mata já percebemos que Slow West não é o filme de velho-oeste que estamos acostumados. Não há cenas em um saloon alá Clint Eastwood ou o protagonista recém - chegado que entra em problemas da cidade - bem específico, mas é só um exemplo - afinal os dois personagens não são os esteriótipos do gênero - não há o homem com passado nebuloso ou coisa do tipo - só protagonistas que vão vivenciando a viagem rumo ao oeste americano. Claro que há os clichês mas o diretor estreante John Maclean faz aqui um trabalho de originalidade. Não há obviedade e acima de tudo, não há previsibilidade. E o desenvolvimento dos personagens é feito de forma exemplar. Michael Fassbender faz aqui um personagem que é sério mas sabe ser carismático e engraçado que vê o faroeste com uma visão nada otimista, um contraponto com Jay, cujo a atuação de Kodi Smit-McPhee impressiona muito mais pelo caminho que o personagem leva que o próprio trabalho. Mas, claro que a visão que o jovem tem desse mundo em que vive é o que Slow West tem de maior fantasia. Jay encara a realidade com incríveis doses de otimismo e que, muito provavelmente, não sabe que pode ser morto por um qualquer sem nenhum motivo.
Visões de mundo á parte, Slow West tem estilo, toda as cenas em foco e com cores fortes compondo as cenas, mostrando o trabalho da direção de arte. Mas talvez o primeiro longa de Maclean só não seja revisionista por querer mudar o gênero em que esta empregado e ao tentar mostrar o "bom velho-oeste" aos olhos de um jovem, tirando isso, o diretor tem potencial para mais filmes de gênero. Nota: 7/9

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