Critica - Séries de TV: Narcos (Temporada 1)
Novo trabalho de José Padilha tem ambição com painel sócio-politico mas é comandado por valores didáticos em prol na narrativa episódica.
Uma das piores coisas em Narcos foi tentar atingir o grande público. O novo trabalho de José Padilha, com Wagner Moura é em muitos momentos, igual á outros filmes do diretor. Mas essa familiaridade narrativa é o que difere Narcos de outras obras que retratam o narcotraficante Pablo Escobar. A complexidade em certos assuntos, políticos, sociais, econômicos, policiais é algo em que Padilha sempre teve ambição, enriquecendo suas histórias, tendo vários pontos de vista, quase tópicos, a família, governo, polícia, foi assim em Tropa de Elite e RoboCop e também em sua série, mas ao agregar valores didáticos, tentando agradar Gregos e Troianos, trazendo várias discussões de caráter moral e social, com essa forma didática de contar histórias, transforma essa rede narrativa em uma gangorra - não resolvendo certas questões propostas (o que houve com a garota do M-19?), focando em sub-tramas desnecessárias -, por mais que se resolva em certos momentos menos "episódicos".
É sempre melhor criticar algo que muitos já viram - fica tranquilo, sem spoilers - e ao julgar pela quantidade de comentários em cima de Narcos, fica claro que muitos já assistiram, ainda mais porque é uma daquelas séries que convidam o espectador a formar uma opinião. Desde seus primeiros minutos - que parecem ter sido tirados de uma página da Wikipédia - a narração em off do agente do DEA Steve Murphy (Boyd Holbrook) deixa claro o que Padilha quer: Mostrar e depois contar. O "professor sobre o tráfico" explica parte por parte de tudo, e como funcionam os negócios de Escobar. E claro, isso é uma ferramenta para atingir um grande público, já havia feito isso em Tropa de Elite - a inicial invasão á favela - e RoboCop - como os robôs agiam em momentos de conflito -, mas Padilha não presume que nós, o público somos idiotas, só quer, ele e os roteiristas, mostrar que são inteligentes. Mas é tudo em prol da narrativa em episódios, que no caso da Netflix, se traduz como um grande longa-metragem, que, por sua vez, foi um, talvez, erro de cálculo. Em 10 episódios, por mais que tudo se amarre aos 45 do segundo tempo, Narcos faz com que o Pablo Escobar de Moura fique melancólico e cego de vingança rápido demais. Nisso ocorre vários desenvolvimentos na série: o de Pablo Escobar, de seus negócios, da polícia, governo, mas com seus devidos ganchos á segunda temporada. Mas, uma das maiores criticas á Narcos seja em suas atuações. Ao precisar agir com tudo rápido demais, o Escobar de Moura é o mais prejudicado. Fica apático demais. E por mais de suas decisões moralmente condenáveis, é aquele tipo de personagem que comete atos de caráter duvidoso em prol da família.
E Narcos é sim algo para se formar uma opinião, seja na violência na qual o Cartel de Medellín usa, ou nas decisões do governo e polícia á acabar com ela, mas á ambição de Padilha em complexar seu painel sócio-político novamente é algo que se ajuda a definir em qual caráter a série se define. Discussões á parte, Narcos é uma série que tem ambição e quer deixar sua marca, dando vários pontos de vista, mas não escolhendo um, enriquecendo 10 episódios com visões, econômicas, sociais, políticas, sociais, e em seus altos e baixos e um fraco gancho á segunda temporada que chega em 2016, essa série tem potencial, é só não tratar o público como idiota. Nota: 5/6
É sempre melhor criticar algo que muitos já viram - fica tranquilo, sem spoilers - e ao julgar pela quantidade de comentários em cima de Narcos, fica claro que muitos já assistiram, ainda mais porque é uma daquelas séries que convidam o espectador a formar uma opinião. Desde seus primeiros minutos - que parecem ter sido tirados de uma página da Wikipédia - a narração em off do agente do DEA Steve Murphy (Boyd Holbrook) deixa claro o que Padilha quer: Mostrar e depois contar. O "professor sobre o tráfico" explica parte por parte de tudo, e como funcionam os negócios de Escobar. E claro, isso é uma ferramenta para atingir um grande público, já havia feito isso em Tropa de Elite - a inicial invasão á favela - e RoboCop - como os robôs agiam em momentos de conflito -, mas Padilha não presume que nós, o público somos idiotas, só quer, ele e os roteiristas, mostrar que são inteligentes. Mas é tudo em prol da narrativa em episódios, que no caso da Netflix, se traduz como um grande longa-metragem, que, por sua vez, foi um, talvez, erro de cálculo. Em 10 episódios, por mais que tudo se amarre aos 45 do segundo tempo, Narcos faz com que o Pablo Escobar de Moura fique melancólico e cego de vingança rápido demais. Nisso ocorre vários desenvolvimentos na série: o de Pablo Escobar, de seus negócios, da polícia, governo, mas com seus devidos ganchos á segunda temporada. Mas, uma das maiores criticas á Narcos seja em suas atuações. Ao precisar agir com tudo rápido demais, o Escobar de Moura é o mais prejudicado. Fica apático demais. E por mais de suas decisões moralmente condenáveis, é aquele tipo de personagem que comete atos de caráter duvidoso em prol da família.
E Narcos é sim algo para se formar uma opinião, seja na violência na qual o Cartel de Medellín usa, ou nas decisões do governo e polícia á acabar com ela, mas á ambição de Padilha em complexar seu painel sócio-político novamente é algo que se ajuda a definir em qual caráter a série se define. Discussões á parte, Narcos é uma série que tem ambição e quer deixar sua marca, dando vários pontos de vista, mas não escolhendo um, enriquecendo 10 episódios com visões, econômicas, sociais, políticas, sociais, e em seus altos e baixos e um fraco gancho á segunda temporada que chega em 2016, essa série tem potencial, é só não tratar o público como idiota. Nota: 5/6
Comentários
Postar um comentário