As estrelas se voltam e o tempo se apresenta

Espaço, a fronteira final. 

Mas não para Stanley Kubrick. 

Não para o cinema. 

A não exatos cinquenta anos o filme "2001: Uma Odisseia no Espaço" chegava aos cinemas. Ok, eu sei que a data já passou, mas eu quero falar disso, por mais que ninguém mais esteja. O hipster é isso no final das contas, né? 


Se você não conhece essa verdadeira obra-prima, bom, o filme faz parte de um conceituado gênero, chamado de "achei interessante, mas dormi no meio" - também integrado por "O Poderoso Chefão" e "Cidadão Kane" -  e é baseado num livro, de mesmo nome, escrito por Arthur C. Clarke conjuntamente com Kubrick.


- É o do bebê gigante? 


- Sim...mais ou menos. Na realidade é uma estrela que representa o nascimento de um "novo homem"...é o do bebê sim.


Depois de 5 décadas do lançamento, ainda é considerado spoiler? De qualquer forma, agora eu já contei...


...Fugi do tema, eu sei, foi mal. 

Contudo, o filme, tal como esse texto, propõe sempre a reflexão. Ainda no final da década de 60, Kubrick retrata de forma bastante precisa o poder da máquina sobre o humano - criando um dos grandes vilões do cinema, a inteligência artificial Hal 9000 -, apesar de nem mesmo a própria internet existir. 

E, é claro, traz também as "viagens" de uma obra sci-fi completamente filosófica. O buraco negro (ou buraco de minhoca, não entendo desse tipo de coisa) no qual o protagonista entra - cena cujo espectador praticamente adentra em um estado de transe, em meio a tantas cores e brilho - além de uma bela sequência, ainda serviu de inspiração para muitas outras obras, incluindo, claro, "Interestelar", de Christopher Nolan - um filho direto de "2001".

Com tantas referências em toda a cultura popular e suas reflexões deixadas, nem parece que uma das grandes obras-primas já feitas esteja completando meio-século (não exatamente). 

Tal como Jornada nas Estrelas, em "2001", Kubrick vai também onde nenhum homem jamais esteve. 

Por: Victor Braz

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