Critica: Um Pombo Pousou Num Galho Refletindo Sobre a Existência (Mostra SP 2014)

Nota: 10
Nós humanos somos muito babacas.
Roy Andersson é um dos maiores filósofos do cinema atual, após seus 2 primeiros longas o diretor retorna em Um Pombo Pousou Num Galho Refletindo Sobre a Existência (A Pigeon Sat On a Banch Reflecting On Existance, 2014) que encerra sua trilogia existencial. O longa se constitui em vários esquetes, com enquadramentos imóveis e sem cortes. O filme trata da existência humana com um humor muito inteligente mas ainda deixando aquele pensamento em que todos terão ao final da sessão: "como nós somos babacas". Solidão, materialidade, depressão, tempo, saúde, capitalismo... isso tudo é mostrado e discutido no filme.
Cenas muito engraçadas mostrando o cotidiano das pessoas, tendo partes muito absurdas, por causa de decisões tomadas por certos personagens. Há muita discussão dentro do filme, principalmente com dois personagens, vendedores da industria do entretenimento, que trabalham para divertir os outros e que são tristes e deprimidos.
Até um certo momento o filme estava muito engraçado, ao inicio do capitulo "homo sapiens" todas as perguntas são efetivamente feitas diretamente no capitulo com mais crueldade ao próprio ser humano.
Com isso Roy Andersson encerra sua trilogia existencial, num filme que quando é encerrado faz com que o espectador reflita e pense muito no como nós somos babacas, com os outros e com nós mesmos.



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