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Mostrando postagens de dezembro, 2014

Critica: Rebobine, Por Favor

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Nota: 8 Michel Gondry presta sua homenagem a sétima arte. Há dois requisitos para assistir Rebobine, Por Favor (Be Kind, Rewind, 2008): Gostar de cinema e conhecer ao máximo os anos 1980. O novo filme do diretor Michel Gondry (Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças) é uma grande homenagem a era do VHS (Video Home System), as locadoras de bairro em extinção e, também a época onde quase  não havia refilmagens, continuações, quando não havia muitos efeitos especiais e os estúdios inventavam maneiras para fazer as cenas que queriam. Na trama, um dono de locadora (Danny Glover) se-vê em apuros. A concorrência começa a investir nos DVD'S e seus negócios vão mal. Sem dinheiro para as reformas exigidas pela prefeitura para manter sua loja o pacato senhor vai para uma viagem para estudar os negócios das concorrentes e deixa seu ajudante, Mike (Mos Def) tomando conta da loja. Mas Mike tem um amigo desmiolado, Jerry (Jack Black) que acaba desmagnetizando todas as fitas por acidente da lo...

Critica: Homens, Mulheres e Filhos

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Nota: 5/1 Novo filme de Jason Reitman tira um sefie da sociedade tecnológica. Vocês provavelmente estão lendo essa critica enfiados numa tela de um computador ou smartphone, uma mistura de concentração e vazio, com qual eu estou fazendo, no meu próprio aparelho. Tendo isso como base o diretor Jason Reitman ( Refém da Paixão ) faz o filme Homens, Mulheres e Filhos (Men, Women and Children, 2014). O novo filme do diretor faz um retrato - Ou melhor, uma selfie da sociedade tecnológica, algo de costume do diretor. Falando sobre como somos tão obcecados com a conectividade com outras pessoas e não se preocupando com o distanciamento que pode causar. O drama estabelece as mudanças da tecnologia na sociedade, websites que respondem perguntas e ajudam com apenas um click, ou a facilitação para achar pornografia, um tempo desperdiçado para evoluir um personagem num jogo, todos os "elementos" tecnológicos o diretor não deixa de mostrar.  A trama acompanha 6 adolescentes e suas fam...

Melhores filmes do ano (Naminhopiniao)

É quase o fim do ano e eu decidi fazer a minha lista dos melhores filmes do ano: 10:  Obra (2014) 9:  Whiplash - Em Busca da Perfeição (Whiplash, 2014) 8:  Jogos Vorazes - A Esperança Parte 1 (Mockingjay Part 1, 2014) 7:  O Lobo de Wall Street (The Wolf of Wall Street, 2014) 6:  Relatos Selvagens (Relatos Salvajes, 2014) 5:  Operação Big Hero (Big Hero 6, 2014) 4:  O Hobbit - A Batalha dos Cinco Exércitos (The Battle of the Five Armies, 2014) 3:  O Pombo que Pousou num Galho Refletindo Sobre a Existência (2014) 2:  Tokyo Tribe (2014) 1:  Boyhoood - Da Infância a Juventude (Boyhood, 2014)

Critica: Operação Big Hero

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Nota: 9/7 Nova animação da Disney adapta HQ da Marvel e surpreende (e diverte). Após a Disney ter comprado a Marvel e ter feito sucesso com Os Vingadores - The Avengers (2012), as duas empresas se unem e fazem uma animação, Operação Big Hero (Big Hero 6, 2014), que não tem destaques de produções da Marvel Studios e sim só da Disney, que já é um motivo para encher as salas de cinema. A HQ foi criada para o público japonês e, que já teve várias formações, á mais conhecida é a vista no cinema. Que tem um grande perfil Disney nos personagens, mas respeita o material original. O filme conta a historia de Hiro Hamada, um jovem expert em computação. Logo no início somos apresentados á seu irmão Tadashi, que cria um robô-enfermeiro, Baymax. Como sabe da genialidade de Hiro, Tadashi o leva para conhecer o instituto de tecnologia de Fransókyo, cidade fictícia criada na historia - e o leva para conhecer seus amigos, Go Go Tomago, Honey Lemon, Wasabi, Fred e o professor Callaghan, mentor de ...

Critica: O Lobo Atrás da Porta

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Nota: 7/1 Drama policial marca a estreia de Fernando Coimbra em longas-metragens. Não sei se é mera coincidência ou só algo passageiro, mas todos os filmes brasileiros recentes são dirigidos por diretores que faziam curtas-metragens e na maioria são bons, não foi diferente com O Lobo Atrás da Porta (2014). O longa policial dirigido por Fernando Coimbra fala sobre dois pais (Milhem Cortaz e Fabíula Nascimento) que tem a filha sequestrada, a principal suspeita é uma amante do pai da criança (Leandra Leal) e, ao longo da investigação, os policiais vão montando todo o quebra-cabeça, já que todos guardam segredos. Nem todos os flashbacks que são mostrados revelam a verdade. A fotografia é boa, feita por Lula Carvalho (Tropa de Elite 2) e a trilha sonora feita por Ricardo Cutz  é bem importante ao filme. Claro que há falhas, perto do final todos já sabem a resposta, mas vale a pena ser conferido. As atuações estão muito boas, o trio principal está muito bem, ninguém decepciona e qu...

Critica: As Vantagens de ser Invisível

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Nota: 8/8  As adaptações literárias enquanto arte da solidão. Em seu segundo trabalho como diretor, Stephen Chbosky adapta seu próprio romance adolescente, As Vantagens de ser Invisível (The Perks of Being a Wallflower, 2012). O longa conta a historia de Charlie (Logan Lerman), que esta entrando em um novo colégio. Ele se recupera de uma depressão que lhe rendeu tendências suicidas, por causa da morte de um parente querido e deu seu único melhor amigo. No novo colégio começa uma jornada de socialização e, nisso acaba conhecendo Patrick (Ezra Miller) e Sam (Emma Watson), dois veteranos da escola e que recebem Charlie em seu "mundinho" á parte dos populares da escola. Ter Chbosky como diretor da adaptação mantém muito a força do material original. Não há ninguém que se preocupe e entenda seus personagens quanto seu criador afinal. As atuações estão excelentes, principalmente Emma Watson, que apaga qualquer resquício de sua atuação em Harry Potter, fazendo Hermione. Lerman e...

Critica: O Hobbit - A Batalha dos Cinco Exércitos

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Nota: 10 Fim da trilogia O Hobbit tem desfecho épico. Se o segundo filme falava sobre a ganância, O Hobbit - A Batalha dos Cinco Exércitos (The Hobbit - The Battle of the Five Armies, 2014) é a grande conclusão disso, no inicio Smaug é morto e com isso, orcs, elfos, povo da Cidade do Lago, anões das Colinas de Ferro e os treze anões comandados por Thorin, Escudo de Carvalho querem o ouro em Erebor e isso desencadeia a grande "batalha dos cinco exércitos", que gira em torno da ganância em todos os lados. Toda parte de humor foi tirada mas, igual ao segundo filme, a ação se sobrepõe a falta de cenas engraçadas, o grande clímax é a batalha, mas o Necromante se torna também um antagonista, que não está tão presente mas tem seu peso na história. No livro de J.R.R Tolkien a batalha dura duas páginas e no filme o diretor Peter Jackson alonga as cenas de ação e eu não vi problemas, pois foram bem feitas. Os estilos de filmagem são impecáveis, a fotografia é espetacular, não tem c...

Critica: O Hobbit - A Desolação de Smaug

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Nota: 10 Tom mais sério na continuação é compensado com mais ação.  Depois de  O Hobbit - Uma Jornada Inesperda , o diretor Peter Jackson, os roteiristas Guillermo Del Toro, Fran Walsh e Philippa Boyens dão a trilogia um tom mais sombrio, que vai ganhar força total no terceiro filme. Enquanto o primeiro tinha um tom alegre, o segundo, O Hobbit - A Desolação de Smaug (The Hobbit - The Desolation of Smaug, 2013) fala sobre a ganância, presente em quase todos os personagens, no dragão Smaug, no Necromante (dublados por Benedict Cumberbatch), o Mestre da Cidade do Lago (Stephen Fry), enquanto isso Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) começa a ser tomado pelo anel e os treze anões, principalmente Thorin (Richard Armitage) enfrentam a ânsia por ouro e até Legolas (Orlando Bloom) cobiça a elfa que não o ama. Para compensar a falta de humor o diretor coloca cenas (excelentes e desenfreadas) de ação, que fluem muito bem, apesar de ter dezenas de coisas acontecendo na tela. Cada personagem...

Critica: O Hobbit - Uma Jornada Inesperada

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Nota: 10 Bem vindo de volta a Terra-Média e, ao futuro do cinema. Quase uma década depois do último filme da Trilogia O Senhor dos Anéis, Peter Jackson volta á Terra-Média para três filmes da trilogia que iniciou tudo, O Hobbit. Criado como um romance infantil, a "jornada inesperada" de Bilbo Bolseiro, o pequeno Hobbit do titulo se desenvolveu fazendo que J.R.R Tolkien contasse mais historias no mundo fantástico que havia criado. Junto a Guillermo del Toro o diretor Peter Jackson, dois fãs do autor, adaptaram a historia mais infantil do mesmo. O Hobbit - Uma Jornada Inesperada (The Hobbit - An Unexpected Journey, 2012), o primeiro filme da trilogia tem muito humor e muitas doses extras de aventura, igual ao que fizeram na Trilogia do Anel, os roteiristas e o diretor tomaram grande liberdade do material original, trazendo melhores motivações e mais aparições de certos personagens. O vilão do filme, Azog, O Profano (Manu Bennet) tem pouca participação no livro e no filme se t...

Critica: Guardiões da Galáxia

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Nota: 9/6 Marvel se arrisca, mas leva seu universo cósmico com sucesso para o cinema. Depois do sucesso de Homem de Ferro em 2008, que até o momento era um personagem de segunda classe, o estúdio, a mais de 5 anos do sucesso inesperado, resolve produzir um filme protagonizado por um super-grupo pouco conhecido, os Guardiões da Galáxia. Por uma grande surpresa o filme é muito bom e que traz referencias de dois grandes filmes, criados por George Lucas, Indiana Jones e Star Wars, a referencia não é só feita por se passar no espaço e por envolver a busca por um artefato perigoso e também por ter personagens quase iguais aos dois clássicos do cinema. Peter Quill/ Star Lord (Chris Pratt) tem o estilo igual ao de Han Solo em Star Wars, o mesmo vale para todos os outros integrantes, Drax, O Destruidor (Dave Bautista), Gamora (Zoe Saldana), Rocket Raccoon (Bradley Cooper) e Groot (Vin Diesel). Cada protagonista tem um próprio estilo, o físico, o engraçado, o dos bordões. Apesar da historia se...

Critica: Relatos Selvagens

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Nota: 9/7 Mil maneiras de morrer. Na TV  há vários programas sobre formas idiotas de morrer e o diretor Damián Szifron traz isso em Relatos Selvagens (Relatos Salvajes, 2014), sua comédia de humor negro. Basicamente são seis historias sobre a perda de controle, muitas vezes por problemas cotidianos ou por vingança. Um piloto de avião vingativo, um cliente em uma lanchonete mal educado, uma briga entre dois motoristas, um pai de família azarado, uma negociação problemática e uma briga de casal em pleno casamento. Esses são os cenários em que Szifron conta as brilhantes seis historias, com uma certa violência e humor negro. Cada historia tem seu momento e não deixa a trama confusa, as historias não são interligadas de forma alguma e todas são, de certa forma surreais, levando o comportamento humano ao extremo (no mais alto tom da palavra). Apesar de serem impossíveis de acontecer pelo menos com uma historia dá pra se identificar. Um dos atores mais conhecidos é Ricardo Darín, co...

Critica: Jogos Vorazes - A Esperança Parte 1

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Nota: 10 Novo capitulo da série transforma Katniss Everdeen em uma revolucionária dos tempos modernos.  Depois dos acontecimentos de Em Chamas (2013) Katniss (Jennifer Lawrence) descobre ser a líder de uma revolução, comandada pela Presidente Alma Coin (Julianne Moore) e de Plutarch Heavensbee (Philip Seymour Hoffman), que, junto a outros distritos, tem um só objetivo: derrubar a Capital e o Presidente Snow (Donald Sutherland). O longa dirigido por Francis Lawrence usa de muitos artifícios para mostrar a revolução, uma delas é a propaganda, e Katniss tem uma própria equipe de filmagem, que a acompanha quase o filme inteiro.  Apesar da trama ser mais lenta o filme não piora, mas não tem a diversão blockbuster dos filmes antecessores, foca mais na política e no drama dos personagens. A batalha e o desenvolvimento de outros personagens ficam pra segunda parte, então personagens como Peeta (Josh Hutcherson), Johanna (Jena Malone) e Gale entre muitos outros tem pouca participa...

Critica: Palavrões

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Nota: 8/3 Jason Bateman estreia como diretor em trabalho competente. Palavrões (Bad Words, 2013) é o primeiro trabalho como diretor de Jason Bateman (Juno, Quero Matar Meu Chefe) e que faz uma comédia que não se arrisca, mas faz rir. Guy Trilby (Bateman) descobre uma maneira de entrar em um concurso de soletrar, para crianças. O tom da comédia é bem engraçado, politicamente incorreto, boca-suja e, em certas horas bobo. Bateman sabe criar um time cômico muito bom e que funciona, um humor afiado e com piadas, muitas vezes histéricas, que funcionam. O roteiro é óbvio em certas partes mas, que tem diálogos muito bons e, várias vezes ofensivos. O competidor de Trilby e seu amigo vivido por Rohan Chand é igualmente hilário e ele e Bateman tem cenas muito engraçadas juntos. Bad Words é uma comédia muito boa, que faz rir várias vezes e que mostra que o cinema precisa do politicamente incorreto, nos dias de hoje.