Critica: O Hobbit - Uma Jornada Inesperada

Bem vindo de volta a Terra-Média e, ao futuro do cinema.
Quase uma década depois do último filme da Trilogia O Senhor dos Anéis, Peter Jackson volta á Terra-Média para três filmes da trilogia que iniciou tudo, O Hobbit. Criado como um romance infantil, a "jornada inesperada" de Bilbo Bolseiro, o pequeno Hobbit do titulo se desenvolveu fazendo que J.R.R Tolkien contasse mais historias no mundo fantástico que havia criado. Junto a Guillermo del Toro o diretor Peter Jackson, dois fãs do autor, adaptaram a historia mais infantil do mesmo. O Hobbit - Uma Jornada Inesperada (The Hobbit - An Unexpected Journey, 2012), o primeiro filme da trilogia tem muito humor e muitas doses extras de aventura, igual ao que fizeram na Trilogia do Anel, os roteiristas e o diretor tomaram grande liberdade do material original, trazendo melhores motivações e mais aparições de certos personagens. O vilão do filme, Azog, O Profano (Manu Bennet) tem pouca participação no livro e no filme se torna um importante contraponto de Thorin, Escudo de Carvalho (Richard Armitage), o líder da companhia de 13 anões, que ao lado de Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) e de Gandalf (Ian McKellen), vão retomar a Montanha Solitária, tomada pelo dragão Smaug (Benedict Cumberbatch).
O diretor e roteiristas costuram na trama ocorrências que fazem referencias a O Senhor dos Anéis, que deixa muito claro o estabelecimento de uma hexalogia. Nem tudo é perfeito, Radagast, O Castanho (Sylvester McCoy) é engraçado mas exageradamente caricato. Apesar do mago aparecer em cenas importantes (ele quem descobre o mal em Dol Guldur) é um personagem ao estilo pastelão. A duração é de 169 minutos e que só consegue abordar os 6 dos 19 capítulos do livro, com mais duas grandes cenas do apêndice e a introdução. Não há cenas sobrando mas cenas com uma "gordura" que foram dispensadas na sala de edição. Parece que o diretor estava com medo das criticas dizendo que o tempo de duração era muito curto, uns 15 á 20 minutos á menos seriam perfeitos.
Tecnicamente não há oque reclamar, Peter Jackson conseguiu conceber versões 2.0 dos efeitos que colocou na primeira trilogia. O sistema que criá exércitos, para preencher áreas sem usar figurantes é incrível, principalmente no 3D, dá para acompanhar cada personagem na tela. As criaturas também melhoraram muito, ficaram mais reais, os três trolls ficaram nojentos de verdade, enquanto os orcs, goblins e wargs nunca estiveram tão fisicamente presentes em cena. Sem falar no Gollum (Andy Serkis) que retoma seu lugar como melhor criatura 3D já criada, agora com mais detalhes e melhor expressão.
Os cenários, Valfenda, Erebor são fantásticos, a terra-média existe na telona com efeitos que a tornam quase real. É claro que á maior novidade foram os 48 quadros por segundo, que tornam O Hobbit quase hiper-realista. Com um filme impecável, Peter Jackson traz o público de volta a terra-média, e, ao futuro do cinema.
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