Critica: Prometheus

O cinema-ostentação de Ridley Scott.
Desde muitos anos um dos atrativos da ficção cientifica é achar respostas para o desconhecido, a criação da vida, do universo, porém, todavia essas respostas não são as mais plausíveis, nem as mais reais, e a suspensão de descrença entra justamente quando as ideias propostas são deveras irreais, por mais profundas que sejam. Prometheus, o prelúdio de Alien - O Oitavo Passageiro entra justamente nessas discussões, cujo as profundidades filosóficas vão mais além, mas rompe a suspensão de descrença. O Diretor Ridley Scott faz aqui uma colagem de referências, que vão de Erich von Däniken (autor do livro Eram os Deuses Astronautas?), Stanley Kubrick e Andy e Lana Wachowski. Os efeitos visuais, que contam com a volta do suíço H.R Giger, criador do design de Alien salvam o filme, engatando cenários que remetem a A Viagem (2012), cheios de detalhes, Prometheus é sim lindo. Um desfile técnico que mostram que os valores de produção falam mais alto que o roteiro. Apesar de estar em terreno conhecido, Ridley Scott agora conta a historia da expedição a bordo do ônibus espacial Prometheus, indo á lua LV-223, tripulada pela cientista Elizabeth Shaw (Noomi Rapace), a executiva Meredith Vickers (Charlize Theron), entre outros, que estão em busca pela resposta que tanto procuramos, quem nos criou?. Ao longo de 126 minutos a jornada pela resposta da vida é composta por cenas sem muita energia, sem ação, e pior, sem nada muito marcante. 

Claramente os ideais de Scott não tem muita convicção aqui. Outrora, o visionário diretor de Blade Runner - O Caçador de Androides (1982), agora, o mesmo diretor de Gladiador.

Apesar da direção não ajudar muito, o roteiro também não é um dos mais inspirados. Contendo diálogos que geram cenas carregadas de clichês. "Eu sou geólogo, eu estudo rochas, eu amo rochas, e tá na cara que vocês não gostam delas!", exclama Fifield (Sean Harris), que no momento se encontra numa caverna, em outro planeta, nos confins do vasto universo, onde, definitivamente pode haver outros minérios, ou rochas. Apesar de não ser o primeiro filme do diretor a abrir discussões filosóficas e profundas, Prometheus entrega convenções datadas sobre assuntos cujo diretores como Stanley Kubrick já haviam falado em 2001 - Uma Odisseia no Espaço, ou até Andy e Lana Wachowski em Matrix, ou no próprio A Viagem.

Ridley Scott entra em conflito com seu próprio universo, Prometheus não se encaixa perfeitamente com a situação em que encontramos o Space Jockey em Alien.

Ao tentar criar um filme mais inteligente do que ele próprio, Ridley Scott mostra mesmo que perdeu a mão para ficções cientificas filosóficas e aprofundadas. piadas durante algum tempo. Mas, ao menos o faz com estilo. Nota: 5/1

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