Critica - Séries de TV: Bloodline

Nota: 6/4
Policial encontra David Lynch e Guillermo del Toro em drama familiar.
Imagine uma família reunida. Seja numa ceia de natal, na virada do ano, numa festa...mas invés de todos estarem colocando o papo em dia, falando sobre seus filhos, um novo emprego...descobre-se que a mulher traiu o noivo dias antes do casamento, um dos irmãos trafica droga, outro irmão acaba de ser roubado...e é nesse clima que começa Bloodline, primeira série policial da Netflix.
Na trama, quando Danny (Ben Mendelsohn), o irmão mais velho da família Rayburn volta pra casa para uma homenagem a seus pais (Sissy Spacek e Sam Shepard), donos da principal pousada de Florida Keys, os irmãos John (Kyle Chandler), Kevin (Norbet Leo Butz) e Meg (linda Cardellini) precisam lidar com os problemas que ele desencadeia, revelando velhos segredos que podem acabar com a reputação e honra dos Rayburn.

Criada por Todd e Gleen Kessler e Daniel Zelman, que também fizeram Damages, Bloodline oscila entre bom e ruim - cada episódio gera uma opinião diferente - alguns capítulos se parecem com um filme, com efeitos, diálogos bons e outros se parecem com uma novela - acontecimentos esdrúxulos, diálogos enfadonhos.




Sonhos, casa mal assombrada.

Desde seus flashbacks até espíritos que assombram a família Rayburn, Bloodline tem um toque de David Lynch e Guillermo del Toro. Toda as vezes que acontecimentos passados são lembrados um filtro azul é colocado e o foco muda, normalmente são partes curtas, mas tem um estilo de sonho, algo que Lynch sempre colocava em seus filmes, além de espíritos que assombram os Rayburn, algo muito presente em Twin Peaks, ou até em Cidade dos Sonhos. Apesar de ainda não lançado pode-se falar da mansão mal assombrada imaginada por Guillermo del Toro para Crimsom Peak, seu novo filme que estreia esse ano. A família estava bem, porém, até a denominada "ovelha negra" voltar, os problemas retornam, junto a "fantasmas" antigos, que acabam com a família aos poucos - apesar de não ser igual, será a pousada dos Rayburn uma mansão mal assombrada?.

As lembranças voltam e todos tomam decisões extremas. Diz no poster "nós não somos pessoas ruins. Mas fizemos algo terrível", essa frase define a série, apesar de não ter flashbacks muito bem colocados, ao final, as peças se montam e tudo começa a fazer sentido. Resolvidos seus problemas ou não, a família Rayburn nunca mais será a mesma. 

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