Critica: Sucker Punch - Mundo Surreal

Em seu primeiro trabalho autoral, Zack Snyder acerta de inicio, e erra no final.
Quem já assistiu a Transformers, sem um olhar critico, só por puro divertimento, com certeza tem um momento "UAU" quando um Autobot e um Decepticon começam a brigar, voando destroços e pedaços de robô na sessão em 3D, com explosões, sempre acompanhado de uma musica empolgante e muito slow-motion. Em Sucker Punch - Mundo Surreal (Sucker Punch, 2011), o diretor Zack Snyder cria uma sucessiva de momentos "UAU" em quase 120 minutos, com as mesmas características listadas anteriormente, porém, seu enredo é muito mais um contexto para as tais cenas, sem deixar de ser interessante, afinal. Muito mais conhecido por adaptações, Zack Snyder leva seu estilo alá quadrinhos para seu primeiro trabalho original, numa mistura de sub-gêneros, formando o improvável amalgama entre as Revistas Heavy Metal, num estilo Harajuku Punk, O Hobbit estilo Anime - e pasme! - até David Lynch. O fetiche do cineasta por estilo é aqui mais que um detalhe, é algo que beira o indescritível em vários momentos - desde a Madrugada dos Mortos Snyder já demonstrava um estilo próprio, agora, é algo que chegou ao nível máximo. 

Com seu roteiro original, Snyder conta a história de Babydoll (Emily Browning), uma jovem que após cometer um ato violento, é internada em um sanatório por seu padrasto. Faltando 5 dias para sua lobotomia e sem muitas chances de fuga, Babydoll monta um plano junto a Sweet Pea (Abbie Cornish), Blondie (Vanessa Hudgens) e Amber (Jamie Chung) para tentarem escapar do local.
Em cada missão no mundo real, sua resolução é na fantasia, contendo sempre ideias inusitadas do diretor, em sua própria missão: conceber o filme de ação perfeito. Em cada novo objetivo, cenários e inimigos diferenciados surgem - zumbis nazistas em contexto steam-punk, dragões, orcs, exoesqueletos de ataque, robôs, samurais gigantes do japão feudal...
Os visuais são outro deleite técnico em Sucker Punch, os cenários criados aqui são os mais detalhados, ajudando nas cenas de ação, recheadas de explosões, tiroteios e câmera lenta (uma marca registrada de Zack Snyder). Claro que em meio há tantos acertos, Sucker Punch tem seus erros - principalmente em seu final, tentando ser mais inteligente do que o filme todo. Normalmente em filmes de ação pipoca, como o já citado Transformers, sua história não é o principal atrativo, porém, igual a filmes como Watchmen, Zack Snyder tenta filosofar nos últimos minutos, e aqui não é diferente, na tentativa de criar um filme de ação perfeito, o cineasta erra na conclusão, mais acerta em cheio no inicio - Nota: 9/1.

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