Critica: Velozes e Furiosos 7
De volta as origens, franquia se assume com filme honesto e surtado.
Depois de tentar encontra seu caminho durante 4 filmes, é a partir de Velozes e Furiosos 5: Operação Rio (Fast Five, 2011) que a franquia se assume enquanto surtada, cheia de ação e bom humor, mas deixando um pouco de lado o que a tornou conhecida na grande Meca do Cinema. Velozes e Furiosos 7 (Furious 7, 2015) consegue reunir ambos - o novo: sequências de ação e boas sacadas de humor - e o velho: as corridas com cortes que valorizam os carros modificados. Esse mérito é muito mais a favor de James Wan, o quarto diretor a assumir Velozes e Furiosos e que prova não só ser experiente no gênero de terror, e sim, em muitos outros - o criador de Jogos Mortais (Saw), Sobrenatural (Insidious) e Invocação do Mal (The Conjuring) consegue dominar ação e comédia e ainda faz um dos mais estilosos longas da franquia (em todas as cidades que se passam o jogo de cores muda) - e ainda consegue colocar substância em filmes cujo a história não é o atrativo. Wan se mostra competente num filme de gênero que finalmente conquistou o equilíbrio que tanto procurava ao longo dos anos. Nos termos técnicos o diretor ostenta - seus cortes-fusão entram na hora certa, igualmente sua câmera na ação, que junta slow-motion com ângulos certeiros. Referenciando obras, o sétimo Velozes e Furiosos junta ação oriental com corridas - como uma luta num trem, orquestrada muito bem -, James Wan filosofa um pouco sobre o "carro-fu".
No filme mais louco e grande (em escala) da franquia, não há economia em ação. Durante 130 minutos vemos as sequências com carros tunados mais surtada em toda a série.
De volta as origens
Logo de inicio quando vemos um campeonato de carros tunados sabemos que depois de 2 filmes tentando buscar sua individualidade no mercado (principalmente com a chegada de Need For Speed ao cinema e a volta de Mad Max) a série se re-assume como franquia de corrida, agregando novos aspectos muito bem-vindos. Junto a isso, sua trilha sonora vai ao encontro - juntando rap com eletrônica - dando mais energia as cenas. Como um todo, os fãs dos primeiros Velozes e Furiosos ficaram contentes - outrora tentando negar suas origens, agora, as exaltando. O equilíbrio no qual falei no começo também vale pro roteiro, com mais substância e cheio de referências. Foi a forma no qual Chris Morgan arranjou para construir uma boa história em cima do clichê da vingança, aproveitando a deixa de Velozes 6 (Fast & Furious 6, 2013)
Comentários
Postar um comentário