Critica - Séries de TV: House of Cards (Temporada 2)
Bem vindo ao mundo de problemas.
O mundo é feito de situações reversíveis. Se você reprovar num teste, faça outra prova e ganhe uma nota maior, se você morrer num jogo, jogue de outra forma, com uma nova estratégia, ou seja, são poucas as situações que não tem uma solução, porém, para Frank Underwood (Kevin Spacey), com seus extremos, ocorre o contrário, são poucas situações que tem uma solução. Por mais que tente consertar, toda sua caminhada ao cargo máximo da política americana é feito com sangue derramado, numa sucessão de violência. E afinal, é só vendo violência que aprendemos a entende-la. Todavia, o Ricardo III da política estadunidense fala com o público antes de cometer tais atos, e afinal, do início ao fim, não passamos de cúmplices, que nem os personagens, e a essa altura, todos sabem demais e acabar com um ou outro não faz tanta diferença. E quando se esta em altos cargos, tudo fica mais fácil.
Tudo não passa do Sonho Americano
Depois de acompanharmos seus primeiros passos, aqui vemos a ascensão de Frank e Claire (Robin Wright) no caminho entre os altos escalões da política. Com suas artimanhas e lábia, Frank faz de tudo para chegar na presidência, correndo diversos riscos, é claro, contudo, passa por cima de qualquer um que o atrapalhe, tudo é frívolo, de pessoas até a bens materiais. Nesse sentido o segundo ano de House of Cards trata muito mais de moral que qualquer outra coisa. Não temos o discurso inicial da primeira temporada quando o congressista mata um cachorro para poupa-lo da dor, mas presenciamos sua transformação, e sua frieza. Mas não só dele, também de seus coadjuvantes, principalmente de Doug Stamper (Michael Kelly). Ganhando mais importância e dilemas próprios, com direito a até uma subtrama, fica mais tempo e tela e dá mais espaço para o ator trabalhar. E essa é uma das qualidades da segunda temporada. As atuações, principalmente dos secundários, melhoram muito. Michael Gill (Presidente Garret Walker), Mahershala Ali (Remy Danton), Gerald McRaney (Raymond Tusk), Rachel Brosnahan (Rachel Posner), Molly Parker (Jackie Sharp), entre outros, estão mais presentes e com mais substância entre os 13 episódios que compõem a temporada.
E a direção, agora sem David Fincher (que comandou os dois capítulos iniciais da temporada 1), continua no mesmo formato, 1 diretor em 2 episódios. E que conta com nomes maiores, como a atriz Jodie Foster (Taxi Driver, Quarto do Pânico) - que dirigi um capitulo -, John Dahl (que já trabalhou em outras produções como Ray Donovan, Hannibal, Justified e Californication) e James Foley (Hannibal). E que apesar de não ter nomes como Joel Schumacher, que dirigiu bons capítulos no primeiro ano, mantém sua qualidade, porém, tem instabilidades e alguns exageros. E algumas sequências chocantes também. Mas não tira os méritos, principalmente do casal protagonista. Mais que na primeira temporada, os personagens de Kevin Spacey e Robin Wright melhoram, e com alguns extremos, o que não deixa de ser bom.
Tirando alguns problemas, House of Cards evolui em mais um passo, na ascensão de seus protagonista, que apesar de certas vezes, fique até irreal, o mundo da política em que vive gera seus efeitos. E as questões morais abordadas são bem vindas. E poucas situações são reversíveis quando se quer chegar ao poder. Bem vindo ao mundo de problemas! Nota: 8/9
E a direção, agora sem David Fincher (que comandou os dois capítulos iniciais da temporada 1), continua no mesmo formato, 1 diretor em 2 episódios. E que conta com nomes maiores, como a atriz Jodie Foster (Taxi Driver, Quarto do Pânico) - que dirigi um capitulo -, John Dahl (que já trabalhou em outras produções como Ray Donovan, Hannibal, Justified e Californication) e James Foley (Hannibal). E que apesar de não ter nomes como Joel Schumacher, que dirigiu bons capítulos no primeiro ano, mantém sua qualidade, porém, tem instabilidades e alguns exageros. E algumas sequências chocantes também. Mas não tira os méritos, principalmente do casal protagonista. Mais que na primeira temporada, os personagens de Kevin Spacey e Robin Wright melhoram, e com alguns extremos, o que não deixa de ser bom.
Tirando alguns problemas, House of Cards evolui em mais um passo, na ascensão de seus protagonista, que apesar de certas vezes, fique até irreal, o mundo da política em que vive gera seus efeitos. E as questões morais abordadas são bem vindas. E poucas situações são reversíveis quando se quer chegar ao poder. Bem vindo ao mundo de problemas! Nota: 8/9

Comentários
Postar um comentário