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Mostrando postagens de outubro, 2015

Critica: Games: Metal Gear Solid V: The Phantom Pain

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Em seu último trabalho á mando da série, Hideo Kojima se reinventa em mais um exemplo de storytelling, direção e gameplay. Jogos de espionagem nunca me entreterão. Já tentei jogar vários, mas nenhum me prendeu a ponto de me divertirem. Quando tentei jogar um Metal Gear Solid pela primeira vez foi em Guns of the Patriots, o nono game da franquia do gênio Hideo Kojima. A experiência não foi uma das melhores, não por achar chato, de forma alguma, porém, não consegui nem jogar de fato, porque não saia de uma tela com vários canais de TV, interativos, mas, não saia dá li. Conhecido como uma série cujo roteiro e a direção de Kojima sempre foram sua marca, Metal Gear é um dos marcos criados pelos videogames. O game-designer conseguia fazer em fases com câmera-de-cima, experiências á frente de seu tempo. Contendo time-lines confusas e tramas mais ainda, isso se tratando de jogos de MSX2 ou posteriores como o NES e Playstation 1. Recheados de cutscenes, MGS é mais um jogo para ser assist...

Critica: Beasts of no Nation

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Idris Elba chefia exército infantil em filme de Cary Fukunaga para a Netflix. "Se não acabarmos com as guerras, as guerras acabarão conosco". Essa frase foi feita pelo autor H.G. Wells, que, cabe muito bem em Beasts of no Nation (2015), primeiro filme produzido pela Netflix e dirigido por Cary Fukunaga, e que tem ambições ao retratar um fato ainda existente. Em meio a uma guerra civil num pais sem nome africano, afim de retratar conflitos deflagrados em vários pontos da região, Agu (o estreante Abraham Attah) é uma criança que vive junto á sua família numa das áreas protegidas, enquanto as lutas ocorrem no lado de fora, além da mata, com condições precárias, sem aulas, o garoto passa seus dias brincando com os amigos e tentando ganhar dinheiro ou comida para ajudar a família. Quando as lutas chegam ao ponto critico, é ordenado que todos evacuem suas casas para migrarem á outros locais do continente, com muitos tentando deixar o lugar, Agu, seu pai e irmão ficam, enquanto...

Critica: A Colina Escarlate (Festival do Rio 2015)

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Terror gótico de época de Guillermo Del Toro esbanja criatividade. Nunca fui fã de filmes de terror. Não por ser medroso, só não me divirto com o fato de pagar pra tomar sustos, e consumando o fato dos longas desse gênero serem bastante parecidos, com a exceção de um ou outro, porém, usam dos mesmos clichês. E o diretor Guillermo Del Toro (Circulo de Fogo), que teve seu inicio de carreira no cinema com tais películas do gênero, como A Espinha do Diabo (El Espinazo del Diablo, 2001) e Cronos (1994), o cineasta volta á temática de horror em A Colina Escarlate (Crimsom Peak, 2015), que me fez acabar com o preconceito de outrora. Nele, sir Thomas Sharpe (Tom, Hiddleston), que vai as vastas terras americanas para apresentar um maquinário que ele próprio projetou, cujo a funcionalidade é a extração de argila escarlate. Depois de sua ideias não ter feito sucesso, ele conhece uma escritora Edith Cushing (Mia Wasikowska), que se apaixona por ele. Após acontecimentos em sua vida, Edith se m...

Critica: Love & Mercy (Festival do Rio 2015)

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Paul Dano, John Cusack, Paul Giamatti e Elizabeth Banks fazem trabalho memorável em filme sobre o gênio por trás dos Beach Boys. Para os fãs do Rock os anos 60 foram a Era de Ouro para o tal gênero musical. Foi a época na qual Os Beatles, The Door, Bob Dylan, e os Rolling Stones foram lançados, e hoje em dia, não só esses citados, mas muitos outros, se tornaram clássicos. Mas teve uma banda, e o gênio por trás dela, os Beach Boys, que tinha como compositor o músico Brian Wilson, que foi responsável por mudar a música da década de 60 como nas posteriores. Marcadas pelo uso de vários instrumentos e técnicas á frente de seu tempo, as musicas dos Beach Boys não faziam tantas vendas, porém as criticas elogiavam. Sabendo disso, o diretor e roteirista Bill Pohlad faz em Love & Mercy (2015) um retrato dessa época, onde Wilson, o clássico do "gênio perturbado", trabalha em sua obra prima musical, enquanto, também nos leva aos anos 80, onde o compositor, agora, confuso com a v...

Critica: Tudo vai Ficar Bem (Festival do Rio 2015).

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Novo de Wim Wenders marca a volta do diretor á ficção, porém, em dramão sobre remorso furreca. Não sou muito familiarizado com o trabalho de Wim Wenders. O cineasta que teve de último filme o brasileiro Sal da Terra (Salt of the Earth, 2014) faz em Tudo Vai Ficar Bem (Every Thing Will Be Fine, 2015), sua volta a ficção, uma trama sobre drama e remorso. Tomas Eldan (James Franco), um escritor que esta com problemas para escrever seu novo romance, um dia esta dirigindo quando, num momento de distração, acaba atropelando e consequentemente matando uma criança, após o choque, Tomas passa a viver com a namorada, Sara (Rachel McAdams), cujo a relação não é uma das melhores. A mãe da criança falecida, Kate (Charlote Gainsbourg), que vive sozinha, agora, só com um filho, enfrenta a dor da perda enquanto tenta levar uma vida normal. Talvez o maior problema aqui não seja só a direção, que, ao tentar fazer uma história sobre remorso alá Crash - No Limite de Paul Haggis, em versão dramão, W...

Critica: Sr. Holmes (Festival do Rio 2015)

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Ian McKellen esta perfeito como Sherlock Holmes velho em filme que visa mostrar o tal "homem por trás do mito". Quando sir Arthur Conan Doyle (1859, 1930) criou o detetive Sherlock Holmes na revista Beeton's Christmas Annual em 1887, com o livro Um Estudo em Vermelho, o personagem ficou famoso por usar na resolução de crimes, métodos científicos e a lógica dedutiva, sendo assim, uma das referências na literatura policial, com suas habilidades para resolver mistérios considerados insolúveis, até mesmo na Scotland Yard, o detetive da Baker Street, na Era Vitoriana, teve mais de 60 casos resolvidos ao longo de seus 120 anos. Claro que a criação imortal de Conan Doyle já teve várias aparições na mídia, como criança em O Enigma da Pirâmide, como boxeador e mais aventureiro nos dois filmes dirigidos por Guy Ritchie, e os mais recentes, Elementary e Sherlock, onde Holmes e o fiel Dr. Watson vivem no moderno Século 21, onde o personagem larga seu cachimbo e o chapéu de caça ...

Critica: The Lobster (Festival do Rio 2015)

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Comédia de Yorgos Lanthimos leva distopia futurista ao Festival do Rio. Desconhecia o trabalho do diretor grego Yorgos Lanthimos, que é famoso em festivais por chocar o público em filmes como Alpes e Dente Canino, porém seu mais recente trabalho, The Lobster (2015), chega com viés mais voltado ao humor. A comédia distópica, que se passa num futuro próximo, mostra uma realidade bem distante da nossa. Nela, solteiros não são permitidos, então, foi criado um local chamado de O Hotel, onde os solitários são levados. Em leis quase ditatoriais, o indivíduo, vamos chamar de "sem esposa" precisa ficar no lugar durante 45 dias, até encontrar sua cara-metade, se não, é transformado em um animal de sua escolha e mandado para uma floresta. Nesse contexto, David (Colin Farrell), que acabara de se separar da esposa, na qual ficou casado durante 12 anos, se apaixona em plena floresta, o que é extremamente proibido.  Todos os atores estão bem. Colin Farrell esta excelente, a transf...

Critica: Séries de TV: True Detective (Temporada 2)

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Se a história se repete como farsa, ao tentar se reinventar, série perde espaço ao tentar retratar novo estilo de narrativa. "O mundo esta perdido" é o inicio da música de abertura de True Detective, a série que começou a mania de antologias na TV, que começa seu segundo ano já com problemas. A direção já não fica á cargo de um só diretor - que no primeiro ano era comandada por Cary Fukunaga -, cada episódio é dirigido por um, com exceção dos dois primeiros, comandados por Justin Lin (de Velozes & Furiosos 5 e 6), que por sinal são os melhores. Cada capitulo tem seus altos e baixos, não só pela direção, porém, mas a quantidade de personagens também não ajuda. Enquanto seu primeiro ano tinha dois protagonistas, os parceiros Rust Cohle e Marty Hart (interpretados respectivamente pelos excelentes Matthew McConaughey e Woody Harrelson), True Detective 2 (vamos chamar de 1 e 2 pra exemplificar) tem 4, o os detetives Ray Velcoro (Colin Farrel), Ani Bezzerides (Rachel McA...

Critica: Mr. Robot (Temporada 1)

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Série critica o espirito anárquico moderno e ainda faz de sua mistura entre Watch Dogs e Clube da Luta, a distopia pós-internet. A internet mudou o mundo. Sem duvida. Ela gera trabalho, diversão, entretenimento, conhecimento. Mas, também, de certa forma, foi relevante em movimentos sociais que, por assim dizer, mudaram o mundo. As redes sociais, por exemplo, foram de extrema importância em movimentos como o Occupy Wall Street, ou até nos protestos no brasil em 2013, já que a informação é passada e re-passada de forma muito rápida. Em Mr. Robot, é mostrado, entre várias instâncias, esse espirito revolucionário que transparece nossas telas. Elliot (Rami Malek), funcionário de uma empresa de segurança cibernética no dia e a noite um hacker vigilante, é movido por essas crenças anárquicas, trabalha protegendo uma empresa multinacional, a E Corp, ou como é chamada por ele, Evil Corp, que acredita estar destruindo o mundo. Eis que aparece um grupo chamado de Fsociety (inspirado pela rea...