Critica: Tudo vai Ficar Bem (Festival do Rio 2015).
Novo de Wim Wenders marca a volta do diretor á ficção, porém, em dramão sobre remorso furreca.
Não sou muito familiarizado com o trabalho de Wim Wenders. O cineasta que teve de último filme o brasileiro Sal da Terra (Salt of the Earth, 2014) faz em Tudo Vai Ficar Bem (Every Thing Will Be Fine, 2015), sua volta a ficção, uma trama sobre drama e remorso. Tomas Eldan (James Franco), um escritor que esta com problemas para escrever seu novo romance, um dia esta dirigindo quando, num momento de distração, acaba atropelando e consequentemente matando uma criança, após o choque, Tomas passa a viver com a namorada, Sara (Rachel McAdams), cujo a relação não é uma das melhores. A mãe da criança falecida, Kate (Charlote Gainsbourg), que vive sozinha, agora, só com um filho, enfrenta a dor da perda enquanto tenta levar uma vida normal. Talvez o maior problema aqui não seja só a direção, que, ao tentar fazer uma história sobre remorso alá Crash - No Limite de Paul Haggis, em versão dramão, Wenders faz em sua equivocada edição, uma montagem terrível, tendo flash-back's inúteis, cenas desnecessárias que não complementam em nada a trama...Ou seja, uma sucessão de erros, que poderiam ter sido concertados na sala de edição.
O elenco tem seus altos e baixos. Franco sabe quando ser engraçado e quando ser sério, esqueça o Saul de Segurando as Pontas, com alguns problemas e maneirismos que poderiam ter sido deixados de lado, porém, o ator é até competente na película. Rachel McAdams faz o possível, se esforça, igualmente para Charlote Gainsbourg, que exagera em certos momentos, mas de resto, o elenco é bem decente. Mas, uma das coisas que esse filme teve falta foi roteiro, e claro, uma direção mais incisiva de Wenders. Conseguir fazer um longa parecer mais longo do que já é é algo que poucos conseguem, a película se estende, que nem um chiclete, e claro, depois de já ter ficado com ele tanto tempo na boca, acaba chegando a hora que ele perde o gosto. Claro que há ideias boas, há truques de câmera bem interessantes que são usados por exemplo, mas com problemas muito visíveis, acaba resultando num drama furreca, o que não é nada bom para o caso de Wenders, mas fica a lição: Não adianta estender até 2 horas algo que o público já entendeu as 40 minutos. Nota: 4/4

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