Critica: Django Livre
Nota: 8/5
Quentin Tarantino faz aqui um de seus longas mais instáveis e, um de seus mais extremos.
O diretor Quentin Tarantino é um ótimo contador de historias, criando tramas que se amarram por aspectos morais, atos heroicos e, querendo ou não, o diretor nunca quis dizer nada com seus filmes, são enredos, quase todas as vezes, envolvendo assassinato, vingança, roubo e em Django Livre (Django Unchained, 2012) o diretor faz exatamente o contrário. O primeiro western do diretor é quase um plano de fundo para falar sobre escravidão e vingança, onde o escravo liberto Django (Jamie Foxx) acompanha um caçador de recompensas (Christoph Waltz) que andam do Texas ao Mississippi á procura de sua esposa (Kerry Washington), escrava do fazendeiro Calvin Candie (Leonardo DiCaprio). E o diretor faz nessa historia de vingança uma reflexão sobre o tema racial, mostrando as condições da escravatura na pré-guerra-civil - onde, basicamente um negro andando a cavalo era algo assombroso. O diretor leva isso até pequenos detalhes onde Django esta bebendo um copo de cerveja, não consta no roteiro se esse foi a primeira vez que um negro bebeu cerveja, ou, pelo menos o primeiro em muitos anos.
Apesar de ser um cineasta que faz filmes muito violentos, Django Livre é o seu filme mais violento - não só pelos litros de sangue derramados no chão, mas, também por causa de seu tema delicado, há cenas que são filmadas de um jeito diferente, por causa da gravidade da situação ali mostrada.
Igual ao mostrado em Bastardos Inglórios, Quentin Tarantino é movimentado por influências e referências e em Django Livre ele coloca todas as coisas que gosta no seu primeiro western, há homenagens a Sérgio Leone e á mais visível há homenagem a Franco Nero, o primeiro Django do cinema. Além de ser o seu filme com mais referências, também é seu longa mais extremo (no bom sentido), os zoom's em personagens novos que são apresentados, cenas de tensão e até os atores, é seu filme mais "estiloso".
Além do mais extremo é seu longa mais instável, isso afeta alguns personagens e a trilha sonora, sem em Bastardos Inglórios já havia alguns deslizes na questão musical em Django Livre isso é levado a outro patamar. Cenas de tiroteio e ao fundo um soul-hip-hop, gangsta rap e, claro músicas comuns nesses gênero, musicas mais clássicas, como Beethoven. E em cenas mais violentas, cheias de ação, com músicas mais contemporâneas, se fossem isoladas, dariam um bom videoclipe.
Com isso Quentin Tarantino entrega um de seus trabalhos mais extremos, instáveis, estilosos e por último e não menos importante, diferente e original.
Quentin Tarantino faz aqui um de seus longas mais instáveis e, um de seus mais extremos.
O diretor Quentin Tarantino é um ótimo contador de historias, criando tramas que se amarram por aspectos morais, atos heroicos e, querendo ou não, o diretor nunca quis dizer nada com seus filmes, são enredos, quase todas as vezes, envolvendo assassinato, vingança, roubo e em Django Livre (Django Unchained, 2012) o diretor faz exatamente o contrário. O primeiro western do diretor é quase um plano de fundo para falar sobre escravidão e vingança, onde o escravo liberto Django (Jamie Foxx) acompanha um caçador de recompensas (Christoph Waltz) que andam do Texas ao Mississippi á procura de sua esposa (Kerry Washington), escrava do fazendeiro Calvin Candie (Leonardo DiCaprio). E o diretor faz nessa historia de vingança uma reflexão sobre o tema racial, mostrando as condições da escravatura na pré-guerra-civil - onde, basicamente um negro andando a cavalo era algo assombroso. O diretor leva isso até pequenos detalhes onde Django esta bebendo um copo de cerveja, não consta no roteiro se esse foi a primeira vez que um negro bebeu cerveja, ou, pelo menos o primeiro em muitos anos.
Apesar de ser um cineasta que faz filmes muito violentos, Django Livre é o seu filme mais violento - não só pelos litros de sangue derramados no chão, mas, também por causa de seu tema delicado, há cenas que são filmadas de um jeito diferente, por causa da gravidade da situação ali mostrada.
Igual ao mostrado em Bastardos Inglórios, Quentin Tarantino é movimentado por influências e referências e em Django Livre ele coloca todas as coisas que gosta no seu primeiro western, há homenagens a Sérgio Leone e á mais visível há homenagem a Franco Nero, o primeiro Django do cinema. Além de ser o seu filme com mais referências, também é seu longa mais extremo (no bom sentido), os zoom's em personagens novos que são apresentados, cenas de tensão e até os atores, é seu filme mais "estiloso".
Além do mais extremo é seu longa mais instável, isso afeta alguns personagens e a trilha sonora, sem em Bastardos Inglórios já havia alguns deslizes na questão musical em Django Livre isso é levado a outro patamar. Cenas de tiroteio e ao fundo um soul-hip-hop, gangsta rap e, claro músicas comuns nesses gênero, musicas mais clássicas, como Beethoven. E em cenas mais violentas, cheias de ação, com músicas mais contemporâneas, se fossem isoladas, dariam um bom videoclipe.
Com isso Quentin Tarantino entrega um de seus trabalhos mais extremos, instáveis, estilosos e por último e não menos importante, diferente e original.
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