Critica: Garota Exemplar

David Fincher volta ao gênero que o consagrou.
O diretor David Fincher (Clube da Luta) volta ao gênero que o consagrou, o suspense. Depois do seu último filme, A Rede Social (The Social Network, 2010), o diretor faz um filme com um tema até batido: desaparecimento de pessoas, algo comum nos EUA, mas o suspense visto em Garota Exemplar (Gone Girl, 2014) não tem a haver com os casos grotescos de Seven - Os Sete Pecados Capitais (Se7en, 1994) ou um assassino serial de Zodíaco (Zodiac, 2007) e sim um caso mais familiar.
Amy (Rosamund Pike) desaparece no dia em que ela e seu marido Nick (Ben Affleck) completariam 5 anos de casamento. A medida em que os dias se passam, e sem muitas pistas sobre oque aconteceu com Amy, Nick se torna o principal suspeito do homicídio (ou desaparecimento). Como bom criador de suspense, Fincher cria cenas que deixam (no bom sentido) o filme estranho.
O modo como Fincher mostra o casamento entre Nick e Amy se deteriorando com o passar dos anos é incrível, no começo eram muito felizes e com o passar dos anos fica mais problemático. As atuações estão excelentes, Ben Affleck consegue ser um Nick, que no começo do casamento é totalmente amoroso e com o passar dos anos vai ficando mais agressivo. Mas a melhor atuação é de Rosamund Pike, que consegue criar uma Amy completamente louca.
Conforme a investigação vai prosseguindo mais segredos vão a tona, a narração ao fundo do diário de Amy fala mais sobre o deterioramento do casamento e mais pistas vão se revelando. O final deixa um gosto amargo mas é aberto para interpretações. O filme tem 2h30min e 10 a 15 minutos a menos seriam perfeitos. Há cenas onde a direção é perfeita, mostrando acontecimentos impressionantes. Bom, se é, ou não o melhor filme do diretor, eu não sei, mas deixa o cinema com uma de suas obras primas do suspense.
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