Critica: A Recompensa

Jude Law é Dom Hemingway em filme despretensioso e estiloso.
Normalmente os filmes seguem uma linha narrativa, que se segue até o final, sua execução pode ser feita de duas formas: um final aberto, em que o público interpreta ou (o mais comum dos dois) um final amarrado e em A Recompensa (Dom Hemingway, 2014) o diretor Richard Shepard opta pelo primeiro tipo de execução.
A Recompensa não é um filme de crime, como o titulo brasileiro deixa a entender e sim uma comédia de humor negro, desde o início já é mostrado o que veremos no resto do longa, onde Dom Hemingway (Jude law) esta fazendo um monólogo sobre o próprio pênis e esse tipo de humor (que muitos consideram bobo) é usado o filme inteiro. O diretor Richard Shepard faz aqui uma jornada sobre o protagonista do titulo que, após passar 12 anos preso, volta as ruas para receber sua recompensa do "rei do crime" Sr. Fontaine (Demian Bichir), além de tentar reconquistar sua filha (Emilia Clarke), que perdeu a mãe para o câncer.
O nome traduzido condiz com o filme, mas o nome original reflete a autoafirmação do protagonista, Hemingway é egocêntrico, explosivo (e muito violento) e sem o menor resquício de refinamento - mas com coragem, até nos piores momentos - de se proclamar "o melhor arrombador de cofres de Londres". Apesar de curto, o filme tem um bom desenvolvimento de personagem, talvez esse orgulho todo deve-se ao fato do protagonista não percebe os novos tempos - uma década enclausurado numa prisão e quando volta tudo mudou, ética entre criminosos não existe mais.
Além das atuações, outro ponto forte de A Recompensa é a trilha sonora, que vai de Pixies a Motorhead, que deixam o filme ainda melhor. Ao final A Recompensa se mostra um bom filme, mas, que, apesar das ótimas atuações, trilha sonora muito boa, é um filme que é ofuscado pelo protagonista, que é maior que o próprio longa.
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