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Mostrando postagens de 2015

Artigo: Melhores filmes do ano - Naminhopiniao

O ano esta acabando, e então, como fiz ano passado, vou fazer minha lista elegendo os melhores de 2015, e algumas menções honrosas no final. 10: Bob Esponja: Um Herói Fora D'Água - (Sponge Out of Water, 2015)  - Um filme para toda a família que diverte em certas horas os mais velhos. Cheio de diversas homenagens e referências a outras obras. Além de piadas e humor metalinguístico do desenho. 9:  Pixels: O Filme - (Pixels, 2015)     - A homenagem aos games em geral, dos antigos aos mais recentes é um dos triunfos. Um dos melhores trabalhos de Chris Columbus desde Esqueceram de Mim. Mas só o fato de conseguir deixar Adam Sandler engraçado já vale . 8:  A Colina Escarlate - (Crimson Peak, 2015)   - Depois de Circulo de Fogo, Guillermo Del Toro nos supera mais uma vez em seu terror gótico de época. Referenciando clássicos como O Iluminado, o diretor consegue criar atmosfera, ainda que use de muitos efeitos práticos. Sem as brigas entre robôs gigantes e monst...

Critica: Straight Outta Compton - A História do N.W.A

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F. Gary Gray se confunde entre retrato de época e cinebiografia em longa que conta o trajeto da N.W.A. Surgida do bairro estadunidense de Compton, na Califórnia, a N.W.A (Niggaz Wit Attitudes) foi um dos grupos que mas deixou marcas na sociedade entre o final da década de 1980 e começo dos anos 90. Formada pelo quinteto Eazy-E, Ice Cube, Dr. Dre, DJ Yella e MC Ren - interpretados por Jason Mitchell, O'Shea Jackson Jr., Corey Hawkins, Neil Brown Jr. e Alcis Hodge, respectivamente -, o grupo fazia músicas que faziam certas apologias ao crime, drogas entre outras coisas, além de serem contra a polícia. E é isso em que o diretor F. Gary Gray retrata em Straight Outta Compton - A História do N.W.A (Straight Outta Compton, 2015), onde esses dois lados - o cultural e o mais ativista - são colocados á prova. Como toda estrutura de cinebiografias, acompanhamos o nascimento da banda, seus problemas pessoais e o preconceito - na qual todo o negro era submetido. Amigos desde muito tempo, ...

Critica: Sicário: Terra de Ninguém

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Enervante, a guerra as drogas é travada no solo americano em suspense eletrizante de Denis Villeneuve. Denis Villeneuve, em seu terceiro trabalho feito nos EUA, impressiona por manter sua qualidade narrativa enquanto ecoa grandes sucessos do mesmo gênero em Hollywood. Depois de ter impressionado o público com seu Os Suspeitos (Prisoners, 2013), na qual lidava com assuntos morais em meio a um sequestro, e em sua adaptação do livro de Saramago, O Homem Duplicado (Enemy, 2014), seu longa com mais simbolismos, porém, mais criticado, puxava pro mistério, mas sem a tensão de sua primeira película, que remetia a filmes como Zodíaco (Zodiac, 2007) e Millennium: Os Homens Que Não Amavam as Mulheres (The Girl with the Dragon Tattoo, 2012). Em Sicário: Terra de Ninguém (Sicario, 2015) o diretor segue a escola David Fincher de suspense á risca. Nele, o clima entre os dois lados da fronteira não é a das melhores. As grades que separam os Estados Unidos e o México é violada dia e noite pelos im...

Critica: Star Wars: Episódio VII - O Despertar da Força

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J.J. Abrams revigora a força e dá o devido espaço a nova geração em filme que respeita o clássico. Me lembro de quando vi Guerra nas Estrelas pela primeira. O momento de epifania ao ver a luta entre o Sith Darth Mal e o Mestre Jedi Qui-Gon Jinn no final de Ameaça Fantasma (The Phantom Menace, 1999), o que me fez assistir aos demais da denominada "trilogia nova" e eventualmente os da clássica. Não liguei na época para as diversas mudanças entre uma e outra pelo diretor George Lucas, que agregou artifícios como as famigeradas Medi-Chlorians - que acabou transformando todo o miticismo em volta da Força em simples células -, ou até na odiada criatura criada em CGI Jar Jar Binks. Mas tudo isso foi relevado ao conhecer o que foi o inicio de tudo, até de transformar a "trilogia clássica" nos episódios 4, 5, e 6. Todo o inicio de Uma Nova Esperança (A New Hope, 1977) é genial, ou até em todo O Império Contra-Ataca (Empire Strike's Back, 1980) (pra mim o mais bem re...

Critica - Séries de TV: House of Cards (Temporada 2)

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Bem vindo ao mundo de problemas. O mundo é feito de situações reversíveis. Se você reprovar num teste, faça outra prova e ganhe uma nota maior, se você morrer num jogo, jogue de outra forma, com uma nova estratégia, ou seja, são poucas as situações que não tem uma solução, porém, para Frank Underwood (Kevin Spacey), com seus extremos, ocorre o contrário, são poucas situações que tem uma solução. Por mais que tente consertar, toda sua caminhada ao cargo máximo da política americana é feito com sangue derramado, numa sucessão de violência. E afinal, é só vendo violência que aprendemos a entende-la. Todavia, o Ricardo III da política estadunidense fala com o público antes de cometer tais atos, e afinal, do início ao fim, não passamos de cúmplices, que nem os personagens, e a essa altura, todos sabem demais e acabar com um ou outro não faz tanta diferença. E quando se esta em altos cargos, tudo fica mais fácil. Tudo não passa do Sonho Americano Depois de acompanharmos seus prime...

Critica: As Mil e Uma Noites (2015)

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Miguel Gomes reage a crise portuguesa em retrato filosófico á mão livre. Estreante em 2008 com Aquele Querido Mês de Agosto, Miguel Gomes fez em seu debute um longa cheio de metalinguagens, sobre uma equipe de filmagens que vai gravar na parte rural de Portugal, onde há inúmeros imigrantes, e passam a gravar o dia-a-dia do local, mostrando sua rotina, os conflitos entre moradores, os eventos, e fazendo disso sua história. A antítese de seu primeiro projeto, em Tabu (2012) esqueceu o estilo documental e fez ficção, em homenagem ao clássico de mesmo nome dirigido por Murnau de 1931, Gomes faz uma película inteiramente em preto e branco em clara sintonia com o cinema mudo, e que se passa inicialmente no começo da Guerra Colonial Portuguesa narrando os dias de três amigas que vivem em Lisboa. Passado hoje na íntegra (dia 6) no MAM, em seu formato original, como em Cannes, As Mil e Uma Noites, dividido ao redor do mundo em três longas-metragens - com um pouco mais de 2 horas cada -, é a ...

Critica: Mad Max - Estrada da Fúria

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George Miller explora mais de sua mitologia pós-apocalíptica e volta ao "western" sadomasoquista em claras mudanças de paradigma. Ao contrário da trilogia com Mel Gibson, Mad Max - Estrada da Fúria (Mad Max - Fury Road, 2015) é um filme que vai direto ao ponto. Em time-line desconhecida, não sabemos do passado de Max Rockatansky, que vaga com seu V8 pelas ruas desertas do futuro pós-apocalíptico criado por George Miller, que volta a direção 30 anos depois de Além da Cúpula do Trovão (1985), onde trabalha toda sua mitologia, deixando para trás o que seus antecessores ecoavam de faroestes de vingança como Rastros de Ódio (1956) e até de Os Brutos Também Amam (1953), onde a pequena sociedade que vivia na refinaria de petróleo em A Caçada Continua (1981) admirava a Max e suas habilidades, que acaba se envolvendo nos problemas do local. Porém, Estrada da Fúria visa certas mudanças de paradigma. Enquanto em outrora era mais disperso, vemos aqui uma explicação mais ampla do o...

Critica - Séries de TV: Marvel - Jessica Jones (Temporada 1)

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Segundo passo da Marvel na Netflix se inicia com o pé esquerdo.  Diferente de Demolidor, um personagem mais conhecido pelo público, principalmente no Brasil - onde ficou mais conhecido como o Audacioso -, Jessica Jones não é uma das personagens mais famosas. Ao contrário do Homem sem Medo, que teve seu ápice na chegada de Frank Miller, a heroína ganhou mais seu espaço nas HQ'S de Brian Michael Bendis e Michael Gaydos, chamada de Alias. Porém, a série da Marvel na Netflix, o segundo passo que antecede as vindouras Luke Cage, Punho de Ferro e Os Defensores, que se inspira em Alias, tem em certos momentos um viés mais para The Pulse, que detinha um cunho mais jornalístico, do que para a obra de Bendis. A antítese da heroína Safira, a personagem que vemos aqui é a personificação de seu estilo anárquico. Alcoólatra, egoísta, solitária, irônica, grosseira...E claro, superpoderosa. Dona de um passado misterioso e cheia de remorsos, Jessica Jones (Krysten Ritter) é uma detetive partic...

Critica: 007 Contra Spectre

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Em possível último filme, Daniel Craig e Sam Mendes fazem despedida chapa-branca da era atual de 007. Em 50 anos a franquia de 007 já assumiu diversas formas. A clássica espionagem sempre esteve presente, porém, junto a isso, ao longo dos lançamentos, já vimos o besteirol - como em Contra o Foguete da Morte (1979), na qual há a clássica cena da luta no bondinho do Rio de Janeiro - e nas últimas "eras" do espião a ação desenfreada tomou conta, isso desde a época de Pierce Brosnan na série. Por mais que tenha tentado voltar ao estilo antigo dos longas com Sean Connery, o diretor Martin Campbell tentava trazer em seu Cassino Royale (2006) o espirito mais saudosista, adaptando uma das obras clássicas de Ian Fleming de mesmo nome. Porém, uma das marcas do começo da "era" de Daniel Craig como James Bond foi a ação, apesar de mais contido, o longa de 2006 foi o que ditou o estilo dos filmes seguintes. Foi assim em Quantum of Solace (2008), de Marc Forster, na qual fez...

Critica; Aliança do Crime

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Johnny Depp impede filme de máfia a cair no esquecimento. Aliança do Crime (Black Mass, 2015) é o caso do famigerado "filme de ator". Carregado pela estrela, os fãs vão para ver a performance do ator, ou só pela curiosidade ao ver um grande nome no cartaz. Aqui o nome é Johnny Depp. Estampado no poster, o ator faz com que esse título - "filme de ator" - seja levado ao ponto máximo, afinal, carrega o longa nas costas. Baseado no livro Black Mass: The True Story of an Unholy Alliance Between the FBI and the Irish Mob, dos jornalistas Dick Lehr e Gerland O'Neil, e com uma versão atualizada de 2011 feita por Mark Mallouk, a película de Scott Cooper é passada durante 3 tempos da vida de James "Whitey" Bulger (Depp), desde um ladrão comum até um dos maiores mafiosos de Boston, que tinha no currículo mais de 21 homicídios entre outras acusações, além de ser um informante do FBI. Fora de sua zona de conforto, Depp, com visual quase reptiliano e um tanto c...

Critica - Séries: Wet Hot American Summer: First Day of Camp (Temporada 1)

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Um pouco de metalinguagem, ação e humor nonsense no primeiro dia no campo. Apesar de não tão conhecido, Wet Hot American Summer (no Brasil com o titulo de Mais um Verão Americano) de 2001, um filme independente dirigido por David Wain acabou se tornando um cult do cinema nonsense, que é quase um subgênero da comédia hoje em dia, trazendo piadas diversas, em sua maioria inteligentes, mas cheias de, vamos chamar de "baixarias", metalinguagem, e porque não, ação. E com um elenco estelar, tendo Christopher Meloni, David Hyde Pierce, Michael Showalter, Paul Rudd, Amy Poehler, Bradley Cooper, o próprio David Wain e Elizabeth Banks. 14 anos depois, a Netflix (House of Cards, Demolidor) transforma o longa em série, intitulada de Wet Hot American Summer: First Day of Camp, com apenas 8 episódios, o humor e a metalinguagem continuam, agora melhor do que nunca. Com o retorno de Wain na direção e o elenco, agregando Michael Cera, "Weird Al" Yankovic, John Hamm, Jason Schwa...

Critica: Resident Evil 5 - Retribuição

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Alice ganha vida extra e Paul W.S Anderson continua a quebrar as barreiras entre videogames e cinema, da pior forma possível. Paul W.S Anderson tem um crédito com o público gamer. Após dirigir Mortal Kombat em 1995, considerado, em toda a leva de adaptações da décima para a sétima arte, o menos pior, o diretor fez dos videogames seu nicho. Foi assim em seus principais longas, todos com a estética de vídeo-clipe e cheios de ação. E, entre seus filmes da série Resident Evil, que sofreu muito com a mudança de survival-horror para somente ação nos games, fez em seu Corrida Mortal, sua primeira película que trazia diversas características de games. O minimapa, o HUD (onde ficam as informações de quantidade de munição, barra de vida, energia, gasolina...), as boss-fight's...Tentava trazer um pouco de uma mídia para a outra. Em Resident Evil 5: Retribuição (Resident Evil 5: Retribution, 2012), o diretor quebra as barreiras restantes entre cinema e games. Da pior forma possível. Se em...

Critica: Gamer

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Dupla Neveldine/Taylor fazem sua homenagem mal acabada aos games e a era pré-Matrix noventista. Não escrevo sobre um filme relativamente velho a um bom tempo. Mas após assistir a Gamer (2008), um dos filmes da dupla Neveldine/Taylor, dos dois Adrenalina e Motoqueiro Fantasma - Espirito de Vingança, que fazem aqui sua homenagem aos games e a era pré-Matrix nos anos 90, um mal acabado longa de ação que nem se vale pelas cenas que imitam um jogo de Third Person Shooter (o clássico "terceira pessoa"), a unica sensação que dá e a de um filme cheio de problemas que tenta se vender por boas ideias. Nele, um desenvolvedor de games de realidade virtual (Michael C. Hall) chega com uma nova ideia, numa clara distopia, de usar detentos para serem os personagens de sua nova criação, Slayers. Com permissão do governo, cada preso é controlado por uma pessoa, e os jogos, no estilo de Jogos Vorazes, são televisionados pelo mundo inteiro, e a estrela disso tudo, além de seu criador, Kable...

Critica: Perdido em Marte

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Um dos pais do sci-fi sombrio, Ridley Scott surpreende em divertida ficção cientifica de sobrevivência espacial. Diferente de Gravidade, de Alfonso Cuarón, onde a personagem de Sandra Bullock fica á deriva após uma chuva de destroços acabar com a missão de reparação ao Hubble, Perdido e Marte (The Martian, 2015) é mais parecido com Apollo 13 - Do Desastre ao Triunfo do que com o longa de 2013. Já diretor de filmes de sobrevivência no espaço e um dos pais das ficções cientificas sombrias, Ridley Scott, de Blade Runner - O Caçador de Androides faz aqui um longa semelhante ao O Náufrago com Lunar com viés mais divertido. E é curioso que Scott dirigisse outro sci-fi após a decepção em cima de  Prometheus , que tentava voltar as suas origens, mas, porém, o cineasta se reinventa num excelente filme de sobrevivência, mas bem diferente do longa que o consagrou, Alien - O Oitavo Passageiro. Não há uma criatura, nem a nave da Nostromo onde o alien ataca suas presas, e sim um dos ambient...

Critica: Games: Metal Gear Solid V: The Phantom Pain

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Em seu último trabalho á mando da série, Hideo Kojima se reinventa em mais um exemplo de storytelling, direção e gameplay. Jogos de espionagem nunca me entreterão. Já tentei jogar vários, mas nenhum me prendeu a ponto de me divertirem. Quando tentei jogar um Metal Gear Solid pela primeira vez foi em Guns of the Patriots, o nono game da franquia do gênio Hideo Kojima. A experiência não foi uma das melhores, não por achar chato, de forma alguma, porém, não consegui nem jogar de fato, porque não saia de uma tela com vários canais de TV, interativos, mas, não saia dá li. Conhecido como uma série cujo roteiro e a direção de Kojima sempre foram sua marca, Metal Gear é um dos marcos criados pelos videogames. O game-designer conseguia fazer em fases com câmera-de-cima, experiências á frente de seu tempo. Contendo time-lines confusas e tramas mais ainda, isso se tratando de jogos de MSX2 ou posteriores como o NES e Playstation 1. Recheados de cutscenes, MGS é mais um jogo para ser assist...

Critica: Beasts of no Nation

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Idris Elba chefia exército infantil em filme de Cary Fukunaga para a Netflix. "Se não acabarmos com as guerras, as guerras acabarão conosco". Essa frase foi feita pelo autor H.G. Wells, que, cabe muito bem em Beasts of no Nation (2015), primeiro filme produzido pela Netflix e dirigido por Cary Fukunaga, e que tem ambições ao retratar um fato ainda existente. Em meio a uma guerra civil num pais sem nome africano, afim de retratar conflitos deflagrados em vários pontos da região, Agu (o estreante Abraham Attah) é uma criança que vive junto á sua família numa das áreas protegidas, enquanto as lutas ocorrem no lado de fora, além da mata, com condições precárias, sem aulas, o garoto passa seus dias brincando com os amigos e tentando ganhar dinheiro ou comida para ajudar a família. Quando as lutas chegam ao ponto critico, é ordenado que todos evacuem suas casas para migrarem á outros locais do continente, com muitos tentando deixar o lugar, Agu, seu pai e irmão ficam, enquanto...